maio 19

TV digital: TV digital deve chegar a 65% da população neste ano

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A expectativa do governo é de que 65% da população brasileira tenha acesso à TV digital até o fim de 2014. De acordo com a secretária de Serviços de Comunicações Eletrônicas do Ministério das Comunicações, Patrícia Ávila, o foco são cidades com mais de 100 mil habitantes. Além disso, a meta é ter em todas as capitais ou regiões metropolitanas ao menos quatro emissoras operando em tecnologia digital ainda neste ano.

Segundo a secretária, o investimento ainda necessário é estimado em R$ 3,5 bilhões.
tualmente, 60% da população brasileira está coberta por esse serviço digital. A estimativa é de que, ao longo de 2014, metade das estações de TV e retransmissão esteja instalada em novos canais. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve definir até junho o canal digital destinado às estações de mais baixa potência.

O processo de desligamento da TV analógica prevê que as redes serão remanejadas entre os canais 14 e 51. Inicialmente, o desligamento ocorreria de uma só vez, em 2016, mas o governo decidiu fazer isso de forma gradual. O prazo de outorgas pelo Ministério das Comunicações vai até 2017. As emissoras de televisão terão um ano para entrar no ar, o que deve ocorrer até 2018.

O cronograma de desligamento da TV analógica ainda depende de algumas definições. Segundo Patrícia Ávila, a Anatel concluiu em abril o levantamento das cidades que serão afetadas, mas ainda é preciso definir a hierarquia da lista e entender as consequências do desligamento do sistema de uma cidade para aquelas no seu entorno.

O consultor de assuntos regulatórios da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), André Felipe Seixas Trindade, destacou desafios ao apagão analógico, como a manutenção pela TV digital do nível de penetração da TV analógica, que hoje chega a 96%, e o grande número de prefeituras com retransmissoras de TV. “Muitas retransmissoras pegam sinal por satélite, fazem difusão em suas cidades e não comunicam a suas respectivas geradoras. Como digitalizá-las?. Por mais que o governo diga que o apagão analógico vai se encerrar em 31 de dezembro de 2018, achamos que isso será difícil”, disse.

A transição é fundamental para o leilão 4G na faixa de 700 MHz, hoje ocupada pelos canais de televisão analógicos. Os canais serão realocados para uma frequência mais baixa com a entrada em vigor exclusivamente da TV digital. Uma vez liberada, essa faixa será licitada para operadoras que prestam serviço de transmissão de dados de quarta geração.

Recepção. De acordo com dados apresentados pela secretária do Ministério das Comunicações, hoje 80% dos lares brasileiros já têm televisores de tela fina. Nos últimos três anos, 69% dos consumidores brasileiros trocaram de aparelho de TV, porcentual que deve crescer com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

O governo brasileiro deverá realizar um programa que subsidiará a aquisição de filtros contra interferência e conversores (set top box), que permitirão receber o sinal digital e convertê-lo para um formato de vídeo e áudio disponível em seu receptor de TV. O programa deve abranger cerca de 30 milhões de famílias de baixa renda. No entanto, isso ainda será discutido após o leilão.

Para o consultor da Abratel, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC) deveria criar uma política de estímulo para aparelhos de televisão, considerados caros, apesar da produção local de 18 milhões de televisores por ano. “Mesmo com financiamentos de longo prazo, boa parte da população tem dificuldade de adquirir uma televisão”, afirmou Trindade.

Fonte: Forum SBTVD

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maio 19

Interatividade: Distribuição de conversores dá sobrevida ao Ginga no Brasil

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Se teles, tevês e governo ainda se debatem sobre o leilão dos 700 MHz, a venda da faixa para operações em telefonia móvel pode dar um passo importante em uma política até aqui meio esquecida: a massificação da interatividade na TV Digital. Pelo desenho traçado até aqui, as teles acabarão financiando a disseminação de conversores que incluem o sistema Ginga.

“Vamos entregar 14 milhões ao Bolsa Família. E não apenas o conversor, mas aplicações em desenvolvimento com a EBC, com canal de retorno inicial em 3G, depois 4G. Não será apenas um conversor passível, mas um conversor inteligente. Vamos transformar um equipamento digital em plataforma multimídia”, sustenta o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente.

Para quem acompanha o, na prática, abandono ao sistema operacional desenvolvido no Brasil – ou middleware – Ginga, a notícia é um alento. Quando a Anatel fala em ‘aplicações em desenvolvimento com a EBC’ – a Empresa Brasil de Comunicação – na verdade se refere aos set top boxes desenvolvidos para o que até aqui é um projeto piloto batizado de Brasil 4D.

Segundo o Banco Mundial, o 4D vale à pena. Testado inicialmente com 100 famílias pobres da Paraíba, teve boa receptividade, uso intensivo e utilidade em aplicativos de procura de emprego, informações de saúde, marcações de consultas. Este ano foi levado a Brasília. Quem toca o projeto atrela, naturalmente, o sucesso da interatividade ao uso da versão “cheia” do Ginga.

“A questão passou a ser estudada com afinco pela Anatel. O uso de interatividade em sua versão full, não apenas com receptores que utilizam somente a Internet para transmitir e receber dados, mas operá-los, via radiodifusão, para os downloads de aplicativos HTML e audiovisuais, está sendo vista com bons olhos”, diz o superintendente de suporte da EBC, André Barbosa.

Como ele avalia, “a criação de um processo de contrapartidas em relação ao desalojamento dos canais de radiodifusão tem obrigado a todos a dedicar sua atenção a soluções eficientes, baratas, práticas e, especialmente, convergentes”. Em outras palavras, uma oportunidade de garantir a instalação de TV Digital com interatividade em 14 milhões de lares – um em cada cinco domicílios do país.

A EBC vem utilizando a implementação desenvolvida pela Totvs como base para avançar nesse “Ginga C”, às vezes apelidado de “Ginga Inovação”. “O Ginga C não foi ainda transformado em norma da ABNT, ainda restrita ao Ginga 1.0, das tevês, mas já é norma da UIT portanto sua implementação no Brasil não é nem um pouco difícil”, sustenta Barbosa.

Até aqui a ambição é bem mais modesta que o desenho descrito pela Anatel e envolvia a inclusão do conjunto de conversor com Ginga C e antena UHF no 1 milhão de residências contratadas do Minha Casa Minha Vida. Nessa ideia, haveria financiamento por bancos públicos como forma de fidelização de futuros correntistas aos aplicativos financeiros.

Esse set top box traz algumas inovações, como a possibilidade de se medir em tempo real tanto o acesso dos aplicativos interativos como a própria cobertura, qualidade do sinal e audiência. A ‘caixinha’ tem entrada HDMI e duas entradas USB – uma para um dongle (como um modem) 3G (ou 4G) e outra para ligação com a TV conectada. Também é previsto um dispositivo HTTPS para criptografia.

Nessa conta de 1 milhão de conversores, o preço chegava a R$ 180 por “kit”, com antena. A promessa da Anatel de levar elevar a escala para 14 milhões de set top boxes certamente afetará essa relação, reduzindo o custo por unidade. Resta saber como será feita essa distribuição, visto que o governo vem adiando a divulgação do cronograma de desligamento da TV analógica – e, portanto, quantas novos conversores serão distribuídos a cada ano.

Fonte: Convergência Digital

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maio 19

Faixa 700MHz: Eventualmente, usuário terá que escolher entre usar 4G ou TV

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Embora insista que “a grande maioria” dos problemas de convivência entre 4G e TV Digital serão superados, a Anatel acabou por admitir nesta segunda-feira, 19/5, que as interferências acabarão por forçar uma escolha: assistir televisão ou usar o celular 4G.“

Para uplink em antena interna com booster é um problema. Eventualmente, o telespectador vai ter que escolher: ou vai usar celular, ou vai usar a televisão. Nesse ponto teria uma tela preta, ou uma tela azul, dependendo da televisão”, afirmou Agostinho Linhares, um dos coordenadores dos testes de interferência feitos pela Anatel. Seria um caso extremo, segundo ele. Mas o problema é real.

A agência resiste em atrelar os problemas com antena interna ao 4G por entender que a recepção da TV Digital por esses equipamentos já é problemática per se. Mas como reiteram os engenheiros ligados às emissoras de televisão, as antenas internas são efetivamente uma forma muito disseminada no país de recepção do sinais.

De fato, indicadores de pesquisas feitas pelo Ibope indicam que o uso das antenas internas varia bastante. Cerca de um cada quatro domicílios em São Paulo se vale exclusivamente dessas antenas para sintonizar os canais. Mas o percentual pode ser bem maior e chega a 84% nas casas de Caruaru, em Pernambuco.

‘Uplink’ em antenas com ‘booster’ significa o envio de dados pelo smartphone em uma sala onde a antena interna já vem com amplificador – o que é muito comum no país. Longe de ser uma questão trivial, o problema de interferência é especialmente significativo diante dos novos hábitos de consumo dos telespectadores.

Uma pesquisa divulgada pelo Google no ano passado indica que mais de um terço dos internautas brasileiros divide a atenção entre as telas da televisão, dos tablets, smartphones e computadores – comportamento descrito como “multitelas”. Particularmente, mediu que 68% usam TV e smartphones ao mesmo tempo. Seja para tuitar o gol ou comentar no Facebook o beijo da novela.

Fonte: Convergência Digital

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