nov 11

Para governo e radiodifusores, TVs conectadas e Ginga não são concorrentes

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As TVs conectadas não são concorrentes do Ginga. Essa é a opinião do assessor especial da Casa Civil, André Barbosa, e de radiodifusores que participaram do evento TV.APPs, organizado pela Converge Comunicações, nesta terça-feira, 8, em São Paulo. “A discussão não é sobre quem será maior, mas sim sobre a integração dessas plataformas”, diz.

Segundo Barbosa, até 2015, estima-se que 100% dos televisores produzidos terão Ginga embutido. “Assim, as TVs conectadas e o Ginga estarão presentes em um mesmo dispositivo”, conta o assessor. Ele lembra que os representantes dos fabricantes de televisores reúnem-se com o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, nesta quarta-feira, 9, para avançar nas conversas sobre o cronograma da obrigatoriedade de adoção do Ginga, que deve ser proposta no Plano Produtivo Básico de televisores LCD.

O diretor de relações institucionais do SBT, Roberto Franco, concorda que Ginga, TVs conectadas e outras formas de interatividade, como a Google TV, não são concorrentes, mas complementares. “Se eu pudesse escolher qual das plataformas teria, escolheria as três”, disse durante o painel. Para o executivo do SBT, todas as TVs conectadas deveriam ter Ginga, e não deve haver widgets no sinal do canal aberto. “Nenhum grande produtor de conteúdo permite sobreposição de publicidade nesse conteúdo”, lembra.

O SBT oferece, além de interatividade no Ginga, conteúdo nas TVs conectadas Bravia, da Sony, no modelo “catch up TV”. Segundo Franco, esse modelo ainda não gera receitas significativas com publicidade, embora esteja sendo explorado. “É mais pela expansão do hábito e pela marca do que pela exploração comercial”.

Para o gerente de operações da TV Globo, Carlos Fini, o que funciona para a radiodifusão é o sincronismo de conteúdo, ou seja, quem produz o conteúdo-chave deve pensar em qual tipo de interação quer fazer. “O sincronismo de conteúdo agrega valor e é propriedade de quem o criou”.

A apresentação de Romildo Lucas, da O2C Hipermídia, mostrou as possibilidades presentes no sincronismo de conteúdo da TV com aplicações interativas em uma segunda tela, o que não interfere no conteúdo visto na TV e, portanto, não geraria problemas com direitos autorais. O diretor da Totvs, David Britto, apresentou as vantagens do Sticker Center, plataforma baseada no Ginga, para aplicativos em TVs conectadas. “O Ginga não deve nada ao Android”, garante.

Ele afirmou ainda que as TVs conectadas dependem da conexão com a Internet, e que apenas 27% dos lares têm acesso à Internet atualmente, sendo que apenas 5,5% deles têm banda larga. “O cenário é promissor, mas não chega à grande parcela da população”. Ele lembra ainda que as TVs abertas são o grande vetor da comunicação e das mensagens publicitárias e que são os radiodifusores que carregam essa mensagem dos anunciantes. “A relação dos anunciantes é com a emissora, não com o fabricante”, conclui.

Fonte: Tela Viva

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