dez 28

Alegando questões “geopolíticas”, o governo uruguaio decidiu nessa segunda-feira, 28/12, ceder à região e adotar o padrão nipo brasileiro para televisão digital terrestre no lugar no padrão europeu, escolhido anteriormente pelo ex-presidente Vázquez (2005-2010).

Ministros do atual governo, do presidente José Mujica, anunciaram a decisão ontem, alegando que ela foi tomada “para ser coerente com o discurso de integração regional”. Junto com a Colômbia, o Uruguai foi o único país sul-americano havia optado pelo padrão europeu.

Na América Latina, Costa Rica, Venezuela, Equador, Argentina, Brasil, Chile e Peru escolheram o padrão ISDB-T. Colômbia e o Panamá optaram pelo padrão DVB-T, europeu.

A Colômbia chegou a anunciar semana atrás a disposição de rever sua escolha. Mas, essa semana, o conselho diretor da Comissão Nacional de TV da Colômbia (CNTV) aprovou um acordo que ratifica a opção pelo padrão europeu de TV Digital para o país. A decisão do Uruguai pode fazer com que o governo colombiano questione mais uma vez a posição da CNTV, segundo alguns analistas.

Segundo o secretário regional da Presidência do Uruguai, Diego Canepa, “os aspectos econômicos foram levados em conta, mas o argumento decisivo foi a questão geopolítica”, a determinação do governo de colocar o Uruguai em linha com a maioria dos países da região.

Comunicada hoje, a delegação da União Europeia no Uruguai “lamentou” a decisão do governo do presidente José Mujica. “A norma européia de televisão digital terrestre DVB-T, compartilhada por 133 países, demonstrou o seu valor técnico e econômico, por isso, lamentamos a decisão do governo uruguaio”, disse o escritório da UE em um comunicado oficial publicado por jornais uruguaios. “No entanto, a perda de oportunidade de cooperação não impede que continuemos a trabalhar em outras áreas de cooperação,” continua o comunicado.

Segundo o jornal espanhol El País, o governo uruguaio já havia começado a implementar um piloto de TV digital com o apoio da UE, que ofereceram um total de 690 mil euros.

Fonte: IDG Now

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