maio 19

A Globo está desenvolvendo, em conjunto com a Thomson, uma tecnologia para levar a TV digital, inclusive em alta definição, aos telespectadores que recebem os sinais pela antena parabólica, conforme matéria publicada na Folha de S. Paulo nesta segunda, 18. A solução é baseada em tecnologia de localização, com equipamentos GPS embutidos nas caixas receptoras. Assim, as caixas sintonizariam apenas o sinal da emissora afiliada daquela região, preservando, portanto, o modelo federativo defendido pela Globo.

Este noticiário apurou que as caixas devem estar no mercado a partir de outubro deste ano, custando em torno de R$ 500,00. Nem todas as afiliadas da Globo devem ter seus sinal no satélite, em função dos custos. E mesmo na área de cobertura de uma afiliada, o sinal não estaria disponível a todas as praças, porque existem programações específicas para diferentes cidades. A expectativa é que pelo menos as emissoras das capitais e as emissoras das maiores cidades do interior tenham seus sinais disponíveis no satélite. Provavelmente, apenas as principais emissoras de cada uma das diversas redes regionais (como RBS, RPC e EPTV, por exemplo) terão seus sinais no ar. A Globo tem um mapeamento das áreas não atendidas pelo sinal aberto, que deve ser usado como subsídio para decidir quais seriam as emissoras mais importantes para o público das parabólicas.

Esta reportagem apurou ainda que o sistema de acesso condicional será gerido pelas próprias caixas receptoras. Os chips GPS liberarão apenas o sinal da emissora da localidade localidade. Os sinais das afiliadas estarão, portanto codificados no satélite e apenas as caixas equipadas com este controle de acesso serão capazes de decodificar as imagens. A Globo vem realizando há vários anos estudos jurídicos para respaldar a operação. Pela interpretação da emissora, seria permitida a codificação do tráfego de programação via satélite visando à captação por geradoras afiliadas e estações retransmissoras. Como o uso da Banda C não está disciplinado e, portanto, permite o acesso ao conteúdo de forma indiscriminada, seria possível a implantação de receptores de recepção, seletiva ou não, via satélite sem caracterizar um serviço outorgado.

O satélite que a Globo utilizará é o StarOne C2, da Embratel, posicionado em 70º Oeste.

Disputa

Vale lembrar, RedeTV! e Band lançaram em agosto de 2008 um sistema de transmissão digital em alta definição por satélite de banda C, o HDSat Brasil. Contudo, apenas as cabeças de rede têm seus sinais disponíveis no satélite. SBT e Globo hesitaram em aderir ao sistema, alegando que não gostariam de “concorrer” com suas afiliadas Brasil afora. Na época do lançamento, uma afiliada da própria RedeTV! ouvida por este noticiário definiu o sistema como um “tiro no pé”.

Fonte: FNDC

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