jul 27

O laboratório de TV digital do CPqD acaba de realizar duas transmissões bem-sucedidas de vídeos em super-alta definição (4K), baseados no padrão de cinema digital JPEG 2000. Uma delas fez parte do evento de inauguração da nova capacidade da Rede Ipê, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), realizado em Brasília, no último dia 13, quarta-feira.

A outra transmissão, no final de junho, foi feita para a Universidade de Essex, no Reino Unido – que é parceira do CPqD para experimentos em larga escala envolvendo a transmissão de vídeos de altíssima resolução (4K, 4K 3D e 8K) para os Jogos Olímpicos de 2012 e a Copa do Mundo de 2014.

A tecnologia 4K, adotada como padrão digital pela indústria de cinema, permite a transmissão de imagens com super-alta resolução: 4.096 pixels horizontais por 2.160 verticais, o que dá um total de 8,8 milhões de pixels por quadro (frame). É uma resolução quatro vezes maior do que a do full HD, que oferece 2 milhões de pixels por frame (1.080 por 1.920).

Por serem arquivos bastante pesados (um segundo de filme pode ter cerca de 2GB), a transmissão dessas imagens exige conexões dedicadas de fibra óptica de altíssima velocidade, da ordem de 10 Gbits por segundo. Atualmente, essa largura de banda só está disponível em redes experimentais de instituições acadêmicas e de pesquisa e desenvolvimento – como a do Projeto Rede Experimental de Alta Velocidade (GIGA), coordenado pelo CPqD em parceria com a RNP.

Durante a cerimonia de inauguração da nova Rede Ipê, realizada na Biblioteca Nacional, as imagens de um jogo de futebol gravado em 4K foram transmitidas do laboratório de TV digital do CPqD, em Campinas, para Brasília, por meio de enlaces de 10 Gbps. Para isso, percorreram um caminho que começou na Rede GIGA, passou pelo backbone da RNP e chegou à Rede Comep (rede metropolitana de alta velocidade), em Brasília, à qual a Biblioteca Nacional está interligada.

Já a transmissão de vídeos 4K para a Universidade de Essex, também por meio de enlaces de 10 Gbps, percorreu um caminho mais longo: saiu do laboratório do CPqD, via Rede GIGA, chegou ao backbone da RNP em São Paulo e, então, ao SouthernLight (SoL), ponto de acesso ao GLIF – Global Lambda Integrated Facility, uma infraestrutura de rede de cobertura global – formada a partir de consórcio internacional entre redes experimentais e redes de ensino e pesquisa do mundo todo. Por intermédio do GLIF, as imagens de altíssima resolução passaram pelos Estados Unidos (Miami e Chicago) e chegaram à Universidade de Essex, no continente europeu.

Fonte: Convergência Digital

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