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Ministro Hélio Costa apresenta à comitiva sul-africana as vantagens da interatividade do ISDB-T

Brasília – O ministro das Comunicações, Hélio Costa, recebe nesta terça-feira, 23 de fevereiro, às 11h, uma comitiva composta por representantes do governo, empresários e radiodifusores da África do Sul. Eles estão interessados em conhecer o padrão de TV Digital adotado pelo Brasil, que vem ganhando adesões pela América Latina.

O ministro vai mostrar às autoridades sul-africanas as ferramentas e as características do padrão ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), desenvolvido pelo Japão e aperfeiçoado por especialistas brasileiros. “O Brasil está garantindo aos seus cidadãos uma TV Digital aberta e gratuita, de alta qualidade técnica, que vai transformar a realidade e a maneira como lidamos com a televisão”, diz Hélio Costa.

A comitiva sul-africana, chefiada pela diretora-geral do Departamento de Comunicações da África do Sul, Mamodupi Mohlala, vai assistir às demonstrações técnicas de algumas das principais características do sistema, que permite não apenas a recepção do sinal digital em aparelhos móveis, como aparelhos celulares e computadores, mas ainda garante interatividade ao telespectador.

Diferenças

A vantagem do sistema nipo-brasileiro (ISDB-T) é permitir a recepção aberta do sinal digital de TV em alta definição, portátil e móvel, de maneira gratuita pela população, com melhor qualidade de compressão do sinal (MPEG4). O Brasil desenvolveu um software, em código aberto, que permite a recepção da TV Digital, sem a necessidade de pagamento de royalties por parte dos radiofusores e da própria indústria.

Por conta dessas características, o ISDB-T vem ganhando adesões e está se transformando no padrão de TV Digital da América Latina. Além do Brasil, o sistema foi adotado Peru, Argentina, Chile e Venezuela. “Breve, a tecnologia da nossa TV Digital permitirá ao governo prestar serviços públicos gratuitos ao cidadão”, afirma o ministro, que vai apresentar aos sul-africanos a experiência desenvolvida pela Caixa Econômica Federal, baseada no middleware brasileiro Ginga, que proporciona ao telespectador uma intervenção em tempo-real, podendo ter acesso a serviços bancários diretamente pela televisão.

De acordo com Hélio Costa, o que o governo brasileiro vem propondo aos países interessados na adoção do ISDB-T é a construção de um sistema de TV Digital comum, que evite a sujeição das tecnologias dos países da América do Sul, e agora da África, àquelas dos países desenvolvidos. O Brasil obteve vantagens significativas no relacionamento com o Japão, que incluíram a isenção do pagamento de direitos de propriedade intelectual de empresas nipônicas.

Para o Brasil, a tecnologia adotada para a TV Digital é importante para o processo de inclusão social no país e o desenvolvimento de políticas públicas que têm como objetivo reduzir as desigualdades. “É preciso diferenciar essa política daquelas em curso em países desenvolvidos, em que a TV Digital cumpre papel primordial de entretenimento à população. Os argumentos têm sensibilizado as autoridades de governos vizinhos”, afirma o ministro das Comunicações.

Comitiva

Além da diretora-geral do Departamento de Comunicações da África do Sul, a comitiva é composta por mais 13 integrantes de órgãos do governo daquele país, além de representantes da Autoridade Independente de Comunicações da África do Sul (Icasa) e da Corporação de Radiodifusão Sul-Africana (SABC).

Ainda estarão presentes à reunião com o ministro Hélio Costa, uma delegação da Argentina, chefiada por Osvaldo Nemirovsci, coordenador-geral do Conselho de Assessor do Sistema Argentino de TV Digital (SATVD), e o ministro da Embaixada do Japão no Brasil, Toshio Kunikata.

A reunião será acompanhada pelo secretário de Telecomunicações, Roberto Pinto Martins; pelo diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Hadil da Rocha Vianna; e pelo assessor da Casa Civil, André Barbosa Filho; além do secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Gadelha; e do diretor do Fórum Brasileiro de TV Digital, Roberto Franco.

Fonte: FNDC

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