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As operadoras móveis vão começar a fazer testes de convivência do 4G em 700 MHz e as transmissões analógicas de televisão que operam na mesma faixa para verificar a possibilidade de antecipação do serviço naquelas cidades onde há espaço suficiente no espectro radioelétrico.

O primeiro alvo é a goiana Rio Verde, primeira cidade do cronograma do desligamento dos sinais analógicos de televisão – previsto para 29 de novembro – mas haverá outras, particularmente nos estados das regiões Norte e Nordeste, por disponibilidade na faixa de 700 MHz.

“Esperamos que no inicio do segundo semestre a gente já tenha a instalação dos equipamentos de LTE para testar. Já definimos que isso vai acontecer em Rio Verde, mas a ideia é que haja uma instalação em larga escala para que seja testado de forma mais operacional mesmo. Isso vai acontecer especialmente no Norte e no Nordeste, onde tem espaço para remanejar canais hoje na faixa de 700 MHz mesmo sem desligar o analógico”, diz o conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone, que preside o grupo de implementação da digitalização, Gired.

As outras cidades para esses testes além de Rio Verde ainda não foram definidas, mas Zerbone explica que o objetivo é ter elementos para avaliar os prováveis pedidos de antecipação de operações de 4G que serão apresentados pelas operadoras móveis. “Precisamos testar para ter os parâmetros para os casos em que pudermos antecipar e quais as situações em que não será possível autorizar”, completa.

Antenas

Também foi decidido em reunião do Gired nesta quarta, 27/5, que nas cidades com desligamento previsto para 2016 haverá distribuição de antenas externas com capacidade de recepção VHF e UHF. Essa é uma questão importante pois envolve municípios com grande uso do espectro e onde será necessário deslocar algumas emissoras para os canais 7 a 13, chamados no setor de VHF alto.

“Essa antena será capaz de pegar as duas frequências, porque espectro está muito ocupado e vamos ter que usar espectro no VHF alto, particularmente em lugares como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Goiânia”, diz o presidente do Gired. Na prática, essa fatia do espectro deverá alojar especialmente canais públicos – como as TVs da Câmara e do Senado ou mesmo eventualmente a TV Brasil. Em Rio Verde, com 200 mil habitantes e espaço no espectro, haverá apenas antenas UHF.

Ainda não há decisão, porém, sobre os casos em que serão distribuídas antenas internas. Trata-se de uma questão delicada na transição porque os testes de convivência entre TV Digital e 4G em 700 MHz indicaram risco de interferência. A própria Anatel, que minimiza esse problema, admite que haverá casos em que será preciso escolher entre assistir TV ou usar o celular – ou pelo menos se afastar do televisor.

Fonte: Convergência Digital

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