ago 25

Artigos EuroITV2011

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Seguem os liks dos Artigos do EUROITV 2011

https://www.scribd.com/doc/58835687/EUROITV2011-Adjunct-Proceedings

https://dl.acm.org/citation.cfm?id=2000119&picked=prox

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ago 11

Minicom pode determinar obrigatoriedade do Ginga por portaria

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Insatisfeito com a baixa adoção do Ginga, o middleware brasileiro da TV digital, o ministro Paulo Bernardo revelou que o Minicom poderá obrigar os fabricantes de TV a adotarem o sistema através de uma portaria. A decisão ainda não está tomada, visto que o Minicom ainda receberá as contribuições do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação sobre o assunto. Segundo Bernardo, ainda não se sabe se haverá a criação de um Processo Produtivo Básico (PPB) para o Ginga.

Desde que o Ginga foi criado sua adoção tanto pelos fabricantes de equipamentos quanto pelas emissoras de ainda não aconteceu de forma massiva. Pelas contas da indústria, haveria pouco mais de 1 milhão de aparelhos com o middleware embarcado.

Há quem acredite que o Brasil perdeu a janela de oportunidade para incluir interatividade na TV digital. Isso porque, enquanto a adoção do Ginga patina, cresce a passos largos a penetração das TVs conectadas. Esses dispositivos têm acesso à internet e sistemas operacionais próprios, que permitem ao usuário acessar as principais aplicações da web (redes sociais, You Tube e outras) pela tela da TV.

Fonte: Tela Viva

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ago 11

Camex reduz imposto para equipamentos de radiofrequência e TV Digital

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A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu para 2%, na condição de “ex-tarifários” , as alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre Bens de Informática e Telecomunicação.

A medida terá validade até 31 de dezembro de 2012. Os bens são os seguintes:

8471.50.10 Ex 001 – Unidades de processamento de dados destinados à manipulação exclusiva de imagens médicas radiográficas e mamográficas possuindo no mesmo corpo características de “hardware” incluindo console, monitor colorido LCD, “touch screen” ou
não e “software” com a finalidade de identificação de pacientes;

8517.62.49 Ex 007 – Roteadores digitais para sistema CMTS (“cable modem termination system”- sistema de terminação de modem a cabo), interface entre rede IP e rede coaxial,
com recursos de roteamento para suporte completo de serviços IP avançados, compostos
de: 1 chassi de alta densidade; 2 fontes de alimentação com 2 cabos ca; 1 módulo DOCSIS; 2 conjuntos de cabos para conexão dos módulos; 1 placa roteadora; 1 placa módulo DOCSIS de alta densidade; 1 placa de geração dos sinais de sincronismo de tempo; 1 placa cco 1 porta gigabit ethernet; 1 módulo (placa) de controle central, responsável por todo gerenciamento do conjunto CMTS (monitora o funcionamento dos demais módulos que integram o CMTS);

8517.70.10 Ex 001 – Placas de circuito impresso com componentes de áudio e/ou vídeo e/ou
sensoreamento, cartão funcional para uso exclusivamente em aparelho móvel de telefonia celular, montado a partir de tecnologia SMT (“surface mount technology”) utilizando placa plástica flexível resistente à temperatura de refusão da pasta de solda, suportada por molde metálico obtido por processo de usinagem de alta precisão e recortada por processo de prensagem com matriz de corte em formato específico;

8531.20.00 Ex 001 – Equipamentos de sinalização visual (tela de LCD ou LED), denominados
“controlador de produção informatizado”, compostos de: 12 interfaces para exibição de informações; 1 painel de controle ANDON com tela sensível ao toque (“touch screen”); 6 “hubs” de distribuição de sinais; 1 cartão de entradas/saídas remotas; 2 painéis de distribuição de energia; 1 servidor com software para armazenamento de informações;

8537.10.20 Ex 008 – Unidades de controle e gerenciamento do processo de injeção em máquinas de baixa pressão com sistema de refrigeração híbrido (água/ar/óleo) para fabricação
de rodas automotivas de alumínio, com painel de controle duplo e 2 controles lógicos
programáveis (CLP)

8543.70.19 Ex 001 – Amplificadores processadores de sinais de medição de nível de aço no
molde, por meio do princípio de medição “Eddy Current” de aço líquido, com sinal de saída de medição compreendida entre 4 e 20mA cc, linearidade de +/-1% e reprodutibilidade de 0,5%
8544.70.90 Ex 001 – Cabos híbridos contendo um ou mais pares de fibra ótica e um ou mais
pares de cobre conectorizados ou não, que atendam as especificações do padrão SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers) 311M para câmeras HDTV

9030.40.90 Ex 001 – Aparelhos testadores e medidores de radiofreqüência em equipamentos de radiocomunicação celular, com microprocessador incorporado, para testes de calibração
de módulos de comunicação GSM/GPRS/EDGE/UMTS/HSDPA nas frequências 850/900/1.800/1.900 MHz

9030.89.90 Ex 020 – Equipamentos para verificação de funcionamento do sistema de áudio automotivo

Fonte: Convergência Digital

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ago 11

Medidas para banda larga, semicondutores e TV Digital serão anunciadas até o fim de agosto

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Além das medidas anunciadas nesta terça-feira, 2/8, o governo vai apresentar nos próximos dias outras propostas de complementação da nova política industria. Em especial serão regimes especiais para a banda larga, semicondutores e TV Digital.

No caso da banda larga tratam-se das desonerações sobre equipamentos e a implantação de redes de telecomunicações – o que deve incluir as obras civis envolvidas – a serem beneficiados com reduções, ou, em alguns casos, isenções, de IPI, PIS e Cofins.

Já nos semicondutores a ideia é ampliar o PADIS para incentivar, especialmente, a integração dos chips nos displays – em geral, atualmente os monitores já chegam ao país “chipados” e a proposta busca agregar valor à produção nacional. Além disso, deve ser ampliado o escopo do programa de incentivos para equipamentos da TV Digital.

Essas medidas deverão fazer parte de uma medida provisória a ser apresentada ainda em agosto, conforme a expectativa do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Nesse mesmo período o governo deverá editar a regulamentação da lei que dá preferência a equipamentos nacionais nas compras governamentais.

Segundo o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, mesmo que algumas licitações já sejam feitas com base na lei, há necessidade de regulamentação para ampliar o uso na administração pública. Mas mais relevante que isso será a fixação de margens diferenciadas de preço para diferentes setores, assim como o percentual de nacionalização.

Por isso, a regulamentação está sendo trabalhada em conjunto por diversos ministérios – como o próprio MDIC, Fazenda, Ciência e Tecnologia, Saúde, Defesa e Planejamento. Como a lei prevê preferência a produtos nacionais, que podem ser até 25% mais caros que importados, um dos focos é definir um percentual distinto para cada setor.

Fonte: Convergência Digital

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ago 11

Receptor compatível com o ISDB-Tb leva imagens da TV ao iPhone

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O distribuidor de produtos eletrônicos Qualicable lançou o Buffalo 1Seg DH-ONE/IP, sintonizador de TV digital compatível com o padrão brasileiro para produtos Apple. O DH-ONE é compatível com iPod Touch de terceira e quarta geração, iPad, IPhone 3GS e iPhone4. O aparelho tem duas opções para o carregamento da bateria, sendo uma por meio do carregador convencional e outra via USB, com autonomia nominal de 2h30.

A instalação e utilização do equipamento são simples: o consumidor deve conectar a antena em seu aparelho Apple e, automaticamente, uma mensagem de download de aplicativo na App Store surgirá. Uma vez instalado, o aplicativo rastreará os canais disponíveis automaticamente.

Fonte: Tela Viva

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ago 01

Novas versões: Ginga e Ginga-NCL Virtual Set-top Box (v.0.12.3)

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Está disponível a nova versão do código aberto Ginga C++ (v.0.12.3), bem como do Ginga-NCL Virtual Set-top Box (v.0.12.3). Usuários de versões anteriores são fortemente recomendados a fazer a atualização.
Dicas sobre como obter e compilar o Ginga C++ podem ser encontradas aqui: https://svn.softwarepublico.gov.br/trac/ginga/wiki/Building_Wiki_GingaNCL
Entre as principais novidades da versão 0.12.3 estão:
1) Sintonia de canais
    a. Suporte a canais RTP unicast e multicast foi implementado
    b. Suporte a definição de canais por um arquivo TS local mais estável

2) Aderência às normas ITU-T e ABNT
    a. Suporte a apresentação distribuída (comunicação com dispositivos passivos e ativos)
    b. Suporte a transparência em objetos NCL embutidos em um documento NCL foi implementado
    c. Suporte a busca de objetos remotos por streaming (http e rtp) foi implementado
    d. Palavra reservada para transparência era tratada como opacidade. A funcionalidade foi atualizada para respeitar as normas. Agora, por exemplo, definir 30% de transparência significa que o objeto será apresentado com 70% de opacidade
A lista completa de atualizações feitas no código pode ser encontrada no log dos projetos.
Como vocês sabem, o Ginga-NCL Virtual Set-top Box é uma máquina virtual VMWare com sistema Linux instalado e pré-configurado com todos os requisitos do Ginga (C++). Pode ser obtido por meio da SubComunidade Ginga-NCL, no box “Direto ao Ginga”. Lá vocês encontram também um “HOW-TO” com dicas para instalar e operar o Ginga-NCL Virtual Set-top Box.
Entre as principais novidades do Ginga-NCL Virtual Set-top Box está a nova resolução para simular dispositivos portáteis e o suporte a apresentação distribuída de um documento NCL (uma máquina virtual pode ser instanciada como base enquanto outras máquinas são instanciadas como dispositivos passivos ou ativos).
Comentários, dúvidas e sugestões são muito bem-vindos e devem ser enviados por meio do fórum específico para discussões em torno do Virtual Set-top Box na Comunidade Ginga.

Fonte: Comunidade Ginga
https://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/register?community_id=1101545&referer=/dotlrn/clubs/ginga/ 
SubComunidade Ginga-NCL 
https://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/clubs/ginga/register?community_id=1160871&referer=/dotlrn/clubs/ginga/gingancl

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jul 28

Workshop de TVDi no IHC 2011: CHAMADA DE TRABALHOS

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Workshop IHC 2011

A Universidade de Fortaleza (UNIFOR) está organizando o Workshop “Contribuições de IHC para o desenvolvimento da TV Digital Interativa no Brasil segundo o decreto n. 4901 de 2003” no IHC 2011 (https://www.cin.ufpe.br/~ihc_clihc2011/).

Neste workshop pretendem trazer para discussão indivíduos interessados na pesquisa e desenvolvimento de métodos e produtos interativos para TVD, que se encontram principalmente nos três primeiros objetivos do decreto supracitado.

O foco deste workshop, proposto para ser realizado durante o IHC-2011, é a apresentação e análise de trabalhos em torno dos seguintes temas (não se limitando a esses):

Temas para o objetivo I:

  • Experiências do Usuário
  • Acessibilidade
  • Valoração Cultural
  • Perfil de usuários

Temas para o objetivo II:

  • Produção de conteúdos educativos para TVD
  • Ambientes de EAD para TVD
  • Linguagens e comunicação com o telespectador-aprendiz

Temas para o objetivo III:

  • Ambientes para desenvolvimento da interface dos aplicativos para TVD
  • Convergência entre mídias e formas de interação
  • Padrões de interface para TVD
  • Alternativas para a interação

A discussão dos temas permitirá a identificação de soluções que estão sendo dadas, ou pontos ainda em aberto, com relação à questões como:

  • Como incluir um telespectador que tem dificuldade com a tecnologia, dentre outras restrições? (I)
  • Que funcionalidades interativas do computador podem ser “passadas” para a TVDi? (I)
  • Como os conteúdos educativos serão criados, compartilhados e reutilizados? (II)
  • As linguagens de TV atuais adaptam-se a TVDi? Em que níveis? (II)
  • Como a TVDi e suas formas de interação podem ajudar a promover um aprendizado lúdico? (II)
  • A TVDi vai se personalizar? De que forma? (III)
  • Que padrões de projeto da interação/design são úteis? (III)

Para mais detalhes e submissões visite:

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jul 28

UIT aprova atualização do padrão nipo-brasileiro em 8 MHz

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A UIT, em sua mais recente reunião, aprovou uma nova atualização normativa ao conjunto das recomendações aprovado no final de 2010, com a Recomendação BT.1368, para a especificação de 8MHz do ISDB-Tb. Segundo o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, a revisão estabelece as relações de proteção do sistema, criando as bases para o processo de alocação dos canais digitais de TV. A aprovação final das alterações deverá ser ratificada pelos países membros e consolidada pela UIT nos próximos seis meses. Após esse processo, serão publicadas no portal da entidade.

A mudança, diz o Fórum do SBTVD, representa um passo estratégico na expansão do padrão nipo-brasileiro, aumentando as possibilidades de adoção por países que usam largura de banda de 8MHz nas transmissões de TV, como os países do continente africano.

Fonte: Tela Viva

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jul 28

TV Digital ganhará impulso é no campo público, com operador único, diz especialista. Entrevista com Alexandre Osorio

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A TV digital poderá dar sua maior contribuição à sociedade brasileira na medida em que forem priorizadas a diversidade de canais e a interatividade – e percebidas a sua facilidade de uso e utilidade. Neste processo, a criação de um Operador Nacional Único de Rede de TV Pública é fundamental. Para o engenheiro Alexandre Freire da Silva Osorio, diretor de tecnologia da Frente Nacional pela Valorização das TVs do Campo Público (Frenavatec), na TV digital o telespectador torna-se usuário e as TVs públicas têm papel central no cenário de digitalização da transmissão. A seguir, a entrevista que o pesquisador concedeu ao e-Fórum:

Por que a TV digital não “deslancha” no Brasil?

Alexandre Osorio: Entendo que estamos nos atendo à TV digital terrestre, de sinal aberto. Essa é uma questão que possui várias componentes. Para essa análise, prefiro adotar o ponto de vista do usuário (termo mais apropriado que ‘telespectador’, em se tratando de TV digital interativa). Segundo um modelo denominado TAM (sigla em inglês para Modelo de Aceitação de Tecnologias), os fatores que condicionam a aceitação de uma nova tecnologia por uma pessoa podem ser divididos em duas categorias básicas, a saber, a facilidade de uso percebida e a utilidade percebida.

Entre os fatores que influenciam na percepção da facilidade de uso, encontram-se aqueles que dizem respeito aos dispositivos eletrônicos integrantes dessa nova tecnologia – e aqui quero me ater aos terminais de acesso, termo que dou preferência ao invés de caixas conversoras, por remeter à interatividade e assim contribuir para que a TV digital finalmente deixe de ser compreendida como uma mera conversão de sinais (de analógico para digital, em alta definição ou não).

É importante que os terminais de acesso, quer seja embutidos em aparelhos de TV ou externos, sejam acessíveis. Essa é uma condição básica, necessária apesar de insuficiente. Um impulso importante seria dado com ações de fomento à indústria e à inovação, com intuito de valorizar a tecnologia nacional para esses dispositivos, como de resto, para toda a cadeia de equipamentos ligados à TV digital.

De que forma esses terminais podem ser mais acessíveis?

Alexandre Osorio: Quando digo acessíveis, não estou me referindo apenas à questão do preço. E aí me remeto ao segundo conjunto de fatores de aceitação, ou seja, aqueles ligados à utilidade percebida da tecnologia: em nada adianta termos terminais de acesso disponíveis na loja mais próxima e a preços baixos, se não percebemos utilidade neles.

A programação da TV digital aberta hoje é basicamente a mesma da TV analógica. Tenho dúvidas da capacidade que a alta definição tem de aumentar a percepção de utilidade da TV digital. Quanto à mobilidade, ainda temos que testar sua aceitação.

Na minha opinião, a TV digital dará sua maior contribuição à sociedade brasileira na medida em que duas questões forem priorizadas: o aumento da diversidade de canais e a interatividade. Não é exagero falar que o aumento de diversidade de programação é uma necessidade, e não só porque a quantidade de canais de TV aberta não passa de uma meia dúzia.

Em primeiro lugar, podemos citar uma questão de mercado estratégica para o Brasil – serviços audiovisuais são hoje os de maior valor agregado no conjunto das mídias digitais, devendo movimentar cerca de 510 bilhões de dólares no mundo em 2011, com crescimento projetado de 4% ao ano, segundo dados da Ancine (Agência Nacional de Cinema). No entanto, o mercado brasileiro ainda é pequeno comparativamente ao potencial do país, representando, em faturamento, apenas cerca de 2% do mercado mundial, ainda segundo a Ancine.

Portanto, estamos falando da importância de investimento na produção audiovisual nacional e a TV é um meio importante de exibição.

Mas, para além da questão de mercado, existe uma outra, que eu creio ser ainda mais importante, por sua natureza sutil e profunda, e que tem a ver com o conceito do “direito ao espelho”, bem adaptado por Célio Turino [historiador, escritor, exsecretário da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura 2004/2010, idealizador do Programa Cultura Viva e dos Pontos de Cultura] para o contexto que eu gostaria de salientar aqui: A riquíssima diversidade cultural brasileira deve (porque quer) cada vez mais ter espaço para se manifestar e ser percebida. Talvez como reação ao processo de globalização, creio que o direito ao espelho esteja sendo cada vez mais valorizado na nossa sociedade e, quem sabe, no futuro seja até mesmo incorporado dentro do conjunto de direitos civis.

Em se tratando de conteúdos audiovisuais, podemos salientar a existência de um número cada vez maior de produtores independentes e regionais, entre os quais destaco TVs Comunitárias, TVs Universitárias, Pontos de Cultura com vocação para produção audiovisual e pequenas e médias produtoras. É importante destacar o papel central das TVs públicas no novo cenário de digitalização da transmissão, como pontas-de-lança desse processo de abertura: creio que o aumento da utilidade percebida pelo usuário, pelo exercício do direito ao espelho mediante acesso a uma maior diversidade de conteúdos, virá com investimento na expansão da TV pública.

E como é possível essa expansão da TV pública?

Alexandre Osorio: Um ponto central nesse processo é o atualíssimo debate sobre a criação de um Operador Nacional Único de Rede de TV Pública. Também não podemos nos esquecer que conteúdos de TV digital são multimídia e interativos. É importante a existência de programas de fomento à criação de conteúdos inovadores e de qualidade, tanto técnica, quanto estética.

O Programa Ginga Brasil tem dado um passo importante nesse sentido, ao capacitar Pontos de Cultura, TVs Comunitárias e outros produtores na linguagem NCL, usada na produção de conteúdos interativos para o middleware [programa que faz e mediação entre software e outras aplicações] brasileiro.

O investimento no contínuo aprimoramento das ferramentas de autoria de conteúdos também é muito importante. A combinação da riqueza cultural e da criatividade brasileira com o uso de ferramentas de software livre nas mãos de produtores capacitados pode criar um ambiente de inovação da linguagem televisiva talvez único no mundo.

Voltando aos fatores que influenciam a percepção de facilidade de uso da nova tecnologia, os conteúdos interativos produzidos devem possuir boa usabilidade, o que pode ser traduzido como facilidade de navegação pelo controle remoto, e ao mesmo tempo serem inteligíveis para seus usuários. Num país em que cerca de um terço da população é funcionalmente analfabeta, a inteligibilidade dos conteúdos é fundamental.

Esperava-se que a TV digital possibilitasse a inclusão digital. É possível?

Alexandre Osorio: A forte expansão em anos recentes da quantidade de conexões à internet e a existência de programas de incentivo à aquisição de computadores têm permitido um aumento exponencial na quantidade de brasileiros conectados. Com a perspectiva do PNBL, a expectativa é de uma expansão ainda maior. Talvez esse fenômeno, somado aos fatores que têm impedido o deslanche da TV digital terrestre e ao surgimento de novos dispositivos tais como a Web-TV, tenha contribuído para tirar a atenção da TV digital como ferramenta auxiliar no processo de inclusão digital. No entanto, muito ainda há por ser feito (somente 40% da população é usuária de internet, segundo o Cetic – Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) e ainda acredito que a TV digital pode dar uma contribuição importante.

Novamente aqui a TV pública tem importância fundamental, uma vez que essa é uma questão que provavelmente não deve ser tratada com grande interesse pelas TVs privadas. A proposta inicial, lançada pela EBC [Empresa Brasi de Comunicação] no ano passado, de criação de um Operador Nacional de Rede Pública de TV Digital (RNTPD), destinava espaço exclusivo no espectro para aplicativos interativos, tais como os de governo eletrônico.

A criação de uma tal infraestrutura irá possibilitar a transmissão em larga escala de aplicativos de interesse público que, com boa inteligibilidade, poderão ser utilizados facilmente pelo controle remoto, uma forma mais familiar para quem não está acostumado com o uso de computador.

Creio que um primeiro passo a ser dado é a conscientização da sociedade sobre a importância do Brasil ter um Operador de Rede de TV Pública, não só para que a TV digital possa efetivamente cumprir com seu objetivo de promover a inclusão social (pela inclusão digital), mas também para que possa cumprir com outros objetivos listados no decreto 4.901/2003, que instituiu a TV digital no Brasil, tais como a democratização da informação, a criação de uma rede universal de educação à distância, o aperfeiçoamento do uso do espectro de radiofrequências, etc.

É viável o desenvolvimento da TV digital num cenário em que as teles – entrando no mercado de conteúdo audiovisual e na banda larga – ingressam com muito mais poder econômico?

Alexandre Osorio: O PNBL pode dar uma contribuição valiosa para instituir e consolidar o Operador Nacional de Rede de TV Pública, pela possibilidade de uso de sua rede de fibras ópticas e de rádios de alta capacidade para trafegar os conteúdos gerados pelos canais de TV até as estações de transmissão, além de dar suporte ao canal de retorno, necessário para as aplicações com interatividade plena.

A Telebrás tem demonstrado boa vontade com um possível casamento entre o PNBL e a RNTPD, o que é auspicioso. Este momento deve ser bem aproveitado para impulsionar as decisões que precisam ser tomadas sobre o operador de rede. Nesse sentido, tem sido bastante importante o envolvimento da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação nessa questão.

Fonte: FNDC

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jul 27

Japão completa transição do sistema de TV analógica para digital

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A televisão japonesa deixa de transmitir neste domingo em sistema analógico e completa assim o processo de transição para a tecnologia digital terrestre em praticamente todo o país, exceto nas regiões mais afetadas pelo terremoto e tsunami do dia 11 de março passado. O Ministério do Interior e Comunicações do Japão afirmou que o fim das transmissões em sistema analógico ocorrerá em todo o país à meia-noite local (meio-dia em Brasília), com exceção das províncias de Miyagi, Iwate e Fukushima, devastadas pela catástrofe de março. Segundo o governo, a transição será concluída nessas regiões em março de 2012.

O Ministério de Telecomunicações iniciou uma campanha e aumentou o número de técnicos e serviços de assistência para os quase 100 mil lares que, segundo suas estimativas, ainda não compraram o equipamento necessário para atualizar o serviço, informou a agência de notícias local “Kyodo”. A televisão digital terrestre começou a operar em Tóquio, Osaka e Nagoya (centro do Japão) em 2003 e se estendeu a todo o país ao longo de 2006.

Fonte: Site DTV

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