fev 08

Desafio Conteúdos Interativos para TV Digital – Campus Party

eventos Comentários desativados em Desafio Conteúdos Interativos para TV Digital – Campus Party

O concurso irá selecionar os melhores projetos desenvolvidos para TV Digital (SBTVD), na área de conteúdos audiovisuais digitais que utilizem o middleware Ginga e ofereçam recursos interativos para o telespectador.

O concurso irá selecionar os melhores projetos desenvolvidos para TV Digital (SBTVD), aberta e gratuita, na área de conteúdos audiovisuais digitais que utilizem o middleware Ginga e ofereçam recursos interativos para o telespectador.

Os projetos serão aceitos nas categorias produto audiovisual, digital interativo e roteiro audiovisual digital interativo. O campuseiro poderá desenvolver conteúdos de ficção ou programas de realidade em diferentes áreas temáticas (informação, cultura, entretenimento, educação à distância, justiça, saúde, meio ambiente, cidadania, etc.), com a possibilidade de ser voltado à multiplataformas.

Os campuseiros deverão fazer suas inscrições a partir das 00h01 do dia 06 de fevereiro de 2012 encerrando-se às 23h59 do dia 10 de fevereiro de 2012. No caso de envio do link do post, este deverá ser feito a partir das 00h01 do dia 07 de fevereiro de 2012 até às 23h59 do dia 09 de fevereiro de 2012.

Categorias

Categoria Produto – O candidato deverá fazer um documento em formato PDF constando o link do vídeo no Youtube, seu nome completo, RG, e-mail, telefones para contato e número de inscrição na Campus Party Brasil 2012.

Categoria Projeto – O candidato deverá fazer um documento em formato PDF constando o roteiro audiovisual finalizado, seu nome completo, RG, e-mail, telefones para contato e número de inscrição na Campus Party Brasil 2012.

Os projetos serão analisados e julgados no dia 11 de Fevereiro de 2012 por uma banca formada pelos seguintes jurados:

  • André Terra, curador da Semana de TV Digital da CPBR5
  • Dra. Cosette Castro, pesquisadora em Comunicação e TV Digital
  • Salustiano Fagundes, diretor da HXD Interactive Television

A cerimônia de premiação acontecerá no dia 11 de fevereiro de 2012 às 20h15 no Palco Polivalente da Campus Party Brasil 2012, no centro de exposições do Anhembí.

Os vencedores na categoria PRODUTO concorrerão a um Tablet PLAYBOOK de 16GB da marca Blackberry para o primeiro lugar e a uma entrada para a Campus Party 2013 (válida para todos os dias do evento excluindo-se barraca e alimentação) para o segundo lugar.

Os vencedores da categoria PROJETO concorrerão a um (1) vale prêmio da Nokia, que dará direito a um celular Nokia Lumia 800 (tão logo ele seja lançado no mercado brasileiro) para o primeiro lugar e uma entrada para a Campus Party 2013 (válida para todos os dias do evento excluindo-se barraca e alimentação) para o segundo lugar.
Perí­odo

Perí­odo inicial : 05-02-2012, 15:23
Data de entrega : 10-02-2012, 23:00
Reunião do Júri : 11-02-2012, 15:00
Prêmios

1º Produto: Tablet Blackberry – Play Book 16GB
1º Projeto: Nokia Lumia 800
2º Produto y Projeto: Entrada Campus Party 2013

Termos legais – Ver bases

Informações: www.campus-labs.com/webapp/reto/ver/CPLabsTV?lang=pt_BR

Tagged with:
fev 08

Record e Brasscom querem multiprogramação e interatividade no SeAC

notícia Comentários desativados em Record e Brasscom querem multiprogramação e interatividade no SeAC

O entendimento é de que os avanços do sistema de TV digital não podem ser suprimidos na TV paga

Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) quer que as prestadoras de TV por assinatura, de qualquer tecnologia, sejam obrigadas a manter a interatividade, hoje já presente em várias geradoras locais em diversas capitais do país. A reivindicação foi apresentada pela entidade na consulta pública da proposta de regulamento do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), concluída ontem pela Anatel. Segundo a associação, atualmente as prestadoras de TVC, MMDS, DTH e TVA estão discriminando o conteúdo dos canais de programação das emissoras que já usam a transmissão digital ao removerem dos sinais destes canais o conteúdo interativo.

A Brasscom sustenta que as indústrias brasileiras de software e de equipamentos já colocaram no mercado vários modelos de TVs dotados dos recursos de interatividade. “São exemplos que demonstram não haver restrições tecnológicas, nem de circuitos eletrônicos, nem de softwares, para que a adoção da interatividade”. Para a entidade, isso indica que a adoção desses recursos pelas prestadoras do SeAC não só é viável como unifica a oferta desses conteúdos para diversas camadas da sociedade brasileira, sem discriminação.

A Record, por sua vez, defende a utilização da multiprogramação disponível no sistema de TV digital brasileiro, no SeAC. “Segundo o conceito de carregamento obrigatório, os sinais de áudio e vídeo deverão ser carregados sem qualquer supressão. Sendo assim, a multiprogramação, por este prisma, deverá ser transmitida fidedigna e integralmente. Pela ausência de qualquer nota em todo o regulamento sob consulta que afirme esta obrigação, pede-se a inclusão do dever de carregamento da multiprogramação”, avalia a emissora.

Fonte: Tele Síntese

Tagged with:
fev 02

Ginga acirra impasse entre indústria e governo

notícia Comentários desativados em Ginga acirra impasse entre indústria e governo

Os fabricantes de TVS insistem que o percentual de TVs obrigatórias com o software de interatividade fique em apenas 10% este ano. Também pleiteiam que a regra entre em vigor apenas a partir de outubro. Segundo o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, os testes que estão sendo realizados para avaliar o funcionamento do Ginga só terminam no dia 30 de setembro. A posição defendida pela indústria é bem distinta da colocada à mesa pelos representantes dos governo e, agora, o impasse se acirra.

Isso porque, conforme o Convergência Digital antecipou, o governo quer estabelecer as seguintes regras para a concessão do Processo Produtivo Básico para TVs com Ginga: Em 2012, seriam 30% dos televisores digitais. Para 2013, esse percentual subiria para 60% dos televisores fabricado e, em 2014, o governo espera que 90% dos Televisores produzidos venham já com o Ginga embutido. Esses índices já estariam bem abaixo do estipulado inicialmente na consulta pública – 75% em 2012.

Nesta quarta-feira, 01/02, o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, teve uma audiência com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. E a proposta apresentada é ainda menor do que a posta à mesa nas últimas reuniões. Os fabricantes querem incluir o Ginga a partir de outubro em 10% dos televisores conectados, ou seja, nos aparelhos que já estão preparados para receber o sinal digital. O percentual subiria para 50% no ano que vem e para 95% em 2014, ano da Copa do Mundo. Até então, os fabricantes falavam em 20%.

Não faltam argumentos pela indústria para adiar o uso do Ginga. Segundo a Eletros, o sinal digital ainda não está presente em todos os municípios brasileiros. “Hoje 48% da população recebem sinal digital. É inócuo fazer 100% [a inclusão do Ginga], cobrar um dinheiro a mais de quem ainda não recebe o sinal”, disse Kiçula. Segundo ele, a inclusão do software deverá encarecer em cerca de R$ 200 o preço dos aparelhos.

O presidente da Eletros evitou entrar em confronto com o governo, mas não descartou uma ida à Justiça para defender os interesses dos fabricantes de TVs. “Se o sistema (Ginga) não estiver aprovado, não poderemos fazer, e as empresas podem ser obrigadas a parar a produção porque não estarão cumprindo o PPB”, disse, ao sair da visita com o ministro Paulo Bernardo.

Fontes do governo davam como certa a edição da portaria com as novas regras de Processo Produtivo Básico para os televisores com o Ginga para o final de janeiro. Mas a portaria, até em função do impasse entre fabricantes e governo, terminou não sendo publicada.

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
jan 24

Nova versão da implementação de referência do Ginga-NCL

ginga, ginga-ncl Comentários desativados em Nova versão da implementação de referência do Ginga-NCL

Foram lançadas hoje as novas versões do código aberto Ginga C++ (v.0.12.4) e do Ginga-NCL Virtual Set-top Box (v.0.12.4). Usuários de versões anteriores são recomendados a fazer a atualização.

Dicas sobre como obter e compilar o Ginga C++ podem ser encontradas aqui: https://svn.softwarepublico.gov.br/trac/ginga/wiki/Building_Wiki_GingaNCL

Novidades da versão 0.12.4

  • Repositório git do laboratório TeleMídia. Usuários que fizerem a atualização pelo repositório git (veja link acima) terão algumas facilidades como, por exemplo, futuras atualizações por meio do comando git pull. Além disso, todo o historico de modificações entre versões pode ser verificado pelos comandos git log e git diff.
  • Evolução do código: otimizações e problemas resolvidos, incluindo os problemas com objetos NCLua reportados na comunidade.

Roadmap: o que o laboratório TeleMídia está preparando…

  • Lançamento de uma nova versão do Composer
  • Atualização do Clube NCL, mais dinâmico e com facilidades para contribuições da comunidade
  • Versão 0.13.1 do Ginga
  • Integração Ginga, Clube NCL e Composer

Download do Ginga-NCL Virtual STB

GINGA-NCL VIRTUAL STB
Maquina virtual Linux para VMWare, contendo Ginga-NCL C++ v. 0.12.4 (448 MB)

Fonte: Comunidade Ginga

Tagged with:
jan 24

Está disponível o novo NCL Eclipse versão 1.6

plugins Comentários desativados em Está disponível o novo NCL Eclipse versão 1.6

Veja algumas das novidades abaixo do NCL Eclipse 1.6 !

  • Executar aplicação no Ginga Virtual Set-top box.
  • Sugestão das variáveis de ambiente no (elemento <rule>).
  • Preferências para editar variáveis de ambiente (Settings) do Ginga Virtual Set-top box.
  • Melhorias e correção de BUGs no validador.
  • Melhorias na pré-visualização de mídias.
  • Novo tipo de projeto NCL.

Para instalar o plugin basta fazer o update pelo eclipse, caso nunca tenha feito isso ver este outro post Como estruturar seu ambiente de desenvolvimento para o Ginga-NCL

Visite também:

https://www.laws.deinf.ufma.br/~ncleclipse/index.html

https://www.laws.deinf.ufma.br/

Tagged with:
jan 18

Governo quer Ginga em 30% das TVs já em 2012

ginga, notícia Comentários desativados em Governo quer Ginga em 30% das TVs já em 2012

O governo tentou um acordo com a indústria, mas não obteve sucesso. Depois de três anos de discussões infrutíferas, decidiu fechar a nova portaria que vai trazer o Processo Produtivo Básico para a inserção do Ginga nos televisores digitais. O PPB, segundo fontes do governo, será implantado em três etapas para que os fabricantes de televisores possam substituir gradativamente o legado existente.

A nova portaria, informam ainda as fontes do governo, deverá ser publicada até o final de janeiro. Os fabricantes de televisores terão de implementar a inserção do Ginga ainda em 2012 numa proporção de 30% dos televisores digitais que forem produzidos este ano. Para 2013, esse percentual subirá para 60% dos televisores fabricado e, em 2014, o governo espera que 90% da produção já contemple o middleware de interatividade embutido.

A decisão foi tomada também levando em contra o desespero da indústria de software, qua já ameaçava abandonar o projeto de interatividade da TV Digital diante da inércia da indústria.Empresas investiram pesado na interatividade da TV Digital e, até agora, só acumularam prejuízos significativos por falta da definição do PPB para a fabricação dos televisores com o Ginga.

Na demorada negociação somente a decisão de chegar a 2014 com o Ginga incorporado era o ponto pacífico nas discussões entre a indústria e o governo. Os fabricantes tentaram adiar a implementação do ginga para 2013, mas o governo ao que parece decidiu não ceder.

Originalmente, o governo propôs em consulta pública começar a inserção do Ginga em 75% dos aparelhos televisores produzidos a partir de julho deste ano. Mas recuou nesse percentual para 30%. Ainda são 10 pontos percentuais acima do que desejava a indústria – os fabricantes pleiteiam 20% e até ameaçam ir à Justiça- mas está bem abaixo dos 50% colocados à mesa nas últimas reuniões,o que favorece a uma última tentativa de ajuste entre as partes.

Quanto ao prazo, a indústria exige que a fabricação dos televisores com Ginga comece em outubro. O que o governo decidiu com relação a data do início do processo de produção ainda é um mistério, mas existe a possibilidade de ser acatada a proposta dos fabricantes.

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
jan 18

André Barbosa assume operador único nacional

notícia Comentários desativados em André Barbosa assume operador único nacional

Depois de oito anos à frente da assessoria especial da Casa Civil da Presidência da Republica, André Barbosa, que é um dos idealizadores da TV Digital brasileira, terá, agora, a missão de expandir a rede pública nacional.

A missão de Barbosa é árdua. Organizar parceria pública privada é um dos seus desafios, além de conseguir estruturar uma atuação conjunta com a Telebras. No ano passado, se constatou que o projeto precisaria de R$ 2,8 bilhões, a serem aplicados em 20 anos.

O operador único integrará os sinais das tvs públicas federais, viabilizando a migração dos sinais das emissoras públicas do padrão analógico para o digital, alcançado todas as capitais e cidades com mais de cem mil habitantes. Isso representa sinal de mais qualidade e a custo inferior para as emissoras do campo público, atendendo a 63% da população brasileira.

Além de ampliar a cobertura dos canais, a RNTPD deverá oferecer também a infraestrutura necessária para a realização de serviços interativos. A plataforma única do sistema digital público transmitirá os sinais das TVs legislativas (Câmara e Senado), do Poder Executivo (NBR), do Judiciário (TV Justiça), a TV Pública Federal (TV Brasil), da própria EBC, e novas redes estatais previstas pelo decreto da TV Digital: Canal da Educação (MEC), Canal da Cultura (Minc) e Rede da Cidadania (Ministério das Comunicações).

Concorrência pública para a construção do operador único deveria ter sido realizada em 2010, mas acabou não sendo realizado por falta de verba e por problemas politicos no governo Dilma.

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
jan 17

Assista agora ao Seminário de Tecnologias Móveis – Brasília

eventos Comentários desativados em Assista agora ao Seminário de Tecnologias Móveis – Brasília
Seminário de Tecnologias Móveis – Transmissão ao vivo

Obs.: Para visualização do streaming é necessário possuir o plugin do Java no seu navegador. Se você não estiver conseguindo visualizar o vídeo acima, verifique a instalação do Java aqui.

Programação

  • 09:00 às 09:10 – Abertura do evento, com Júlio Neves (Rio de Janeiro)
  • 09:10 às 10:00 – Android. Visão Geral – Oscar Isauro Bacelar Marques (Serpro) (Rio de Janeiro)
  • 10:00 às 11:00 – Sincronização de informações com dispositivos móveis – Emerson Faria Nobre (Serpro) (Curitiba)
  • 11:00 às 12:00 – TV Digital – Interatividade – Mobilidade – Comunicação – Marco Antônio Munhoz da Silva (Dataprev) (Porto Alegre)
  • 12:00 às 13:00 – PHP 4 Android – Oscar Isauro Bacelar Marques (Serpro) (Rio de Janeiro)
  • 13:00 às 14:00 – NetBaker aumentando a entropia do universo móvel – Cleuton Sampaio de Melo JR (Serpro) (Rio de Janeiro)
  • 14:00 às 15:00 – Mobile Banking no Banco do Brasil – histórico, desafios e estratégias- Rodrigo Mulinari (Banco do Brasil) (Brasília)
  • 15:00 às 16:00 – Portal de serviços do estado do Paraná para dispositivos móveis (Celepar) (Curitiba)

Fonte: Site SERPRO

Tagged with:
jan 13

PPB para incluir o Ginga nos televisores continua em negociação

notícia Comentários desativados em PPB para incluir o Ginga nos televisores continua em negociação

Ministro Fernando Pimentel disse que ainda há divergências entre governo e indústria

O governo ainda não fechou o texto do Processo Produtivo Básico (PPB) que obrigará a inclusão do middleware da interatividade da TV digital – o Ginga – na fabricação de aparelhos com isenção fiscal. Na reunião desta quinta-feira (12) entre os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; e Paulo Bernardo, das Comunicações, não houve avanços.

“Tem uma reivindicação da indústria de que o prazo proposto no texto que passou por consulta pública, de que começasse a valer a partir de julho deste ano, fosse adiado, mas ainda estamos discutindo”, disse Pimentel. Ele garantiu que o PPB vai sair de qualquer jeito.

Fontes do setor informam que a reivindicação dos fabricantes é de que a obrigatoriadade do Ginga deveria valer apenas para os televisores conectados, o que alcançaria um número pequeno de aparelhos. O governo acha esta proposta muito tímida e pretende fazer com que o Ginga seja implementado nos aparelhos da TV aberta. A discussão é o prazo e o volume de agregação.

O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Virgílio Almeida, que também participou da reunião, prevê que a portaria com o PPB do Ginga saia ainda este mês.

Fonte: FNDC

Tagged with:
jan 13

Apesar de sua baixa penetração no país até agora, pode-se dizer que a TV digital já é uma realidade palpável para os brasileiros. O sistema, que começou suas transmissões em dezembro de 2007, hoje é utilizado por todas as emissoras da rede aberta, e já atinge metade da população nacional. A partir de junho de 2016, o sistema analógico será desligado. Entretanto, ainda não existe uma boa maneira de medir a audiência da TV digital – dado importante para o mercado publicitário e para a programação das emissoras. Um estudo desenvolvido pela Escola Politécnica (Poli) da USP deu os primeiros passos nesse sentido, com um software que é capaz de coletar dados sobre os telespectadores do novo sistema. Atualmente, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) – responsável pelas medições de audiência – não realiza nenhum tipo de acompanhamento com as transmissões digitais.

Tela mostra identificação de usuário no sistema desenvolvido pela Poli

O jornalista Valdecir Becker, que desenvolveu o estudo sob orientação do professor Marcelo Zuffo, como sua tese de Doutorado na Poli, defendida em 7 de junho de 2011, avalia que o sistema utilizado hoje pelo Ibope tem problemas. “Nenhum país usa tão poucos pontos de medição: são apenas 700 medidores na cidade de São Paulo, que verificam se a TV está ligada ou não, e em qual canal, baseado na frequência de sintonia deles”.

O Instituto ainda divide seus dados por classe social, idade e sexo, e cada ponto de sua medição equivale a 58 mil domicílios na cidade de São Paulo, o que na visão de Becker é pouco, considerando o número de habitantes do país. Entretanto, ele mesmo completa: “Não dá para dizer que não funciona, porque estatisticamente o modelo é correto, e o mercado o aceita bem”.

Porém, o método utilizado hoje pelo Ibope não valeria para a TV digital por dois motivos, na visão do pesquisador. “O primeiro problema é técnico: vários canais podem ser transmitidos em uma mesma frequência no sistema digital, como acontece, por exemplo, na TV Cultura em São Paulo, que exibe a Cultura, a Univesp TV e o Multicultura. O outro é mercadológico: hoje o anunciante precisa de mais dados sobre sua audiência – ele paga sobre a qualidade dos espectadores, e não sobre a quantidade”.

Aparelho usado pelo Ibope em suas medições, o people meter,
que mostra o canal e o número de telespectadores

Segundo ele, a tecnologia utilizada no exterior também apresentaria falhas: “ela utiliza um sistema de comparação de luminosidade entre as telas do espectador e da emissora. A ideia é interessante, mas demora horas para ser processada, o que inviabilizaria o “minuto a minuto”, serviço instantâneo oferecido pelo Ibope”.

Frequências
Para tentar resolver o problema das frequências, Becker propôs um sistema de medição que utilizasse a NIT (Network Information Table), espécie de identificação que cada canal tem na TV digital, e que chega junto com o sinal. Ele, junto a pesquisadores da Poli, desenvolveu um software que lê esse sinal – o programa foi testado em baixa escala, em 6 caixas que o continham em pontos de medição diferentes durante 1 semana. Cada caixa enviava informações para um banco de dados que Becker controlava em sua casa.

Outra inovação do sistema de Becker é a criação de perfis de usuários: cada morador da casa que recebe a caixinha teve a sua identidade criada, e, quando assistia algum programa, seus dados eram também enviados. Assim, era possível obter diversas informações sobre os espectadores: além dos dados que o Ibope utiliza, o programa desenvolvido pelo jornalista também capta dados como deficiências que impeçam o espectador de assistir à TV (física/visual/mental/auditiva), comportamento online (especialmente nas redes sociais), tempo que vê àquele canal específico (em comparação com o número de horas que assiste TV). O perfil no intervalo do telespectador também é considerado, assim como se assiste sozinho ou acompanhado e se acessa informações adicionais (vê DVD, blu-ray, assina revista ou jornal, possui TV paga).

Com o sistema, será possível unir informações entre os perfis rapidamente: “isso ajudará o mercado publicitário na segmentação de seus produtos, além de dar mais informações para quem faz a programação da TV”. Entretanto, isso ainda não é suficiente, uma vez que o projeto de Valdecir não segue uma proporção estatística – ele sugere que um trabalho futuro prove se isso é possível.

Conteúdo no lugar da plataforma
Ele ressalta que hoje apareceram muitas maneiras de se ver TV que são deixadas de lado pelo sistema do Ibope: “Muita gente vê TV pelo celular ou na internet. Além disso, um terço das tevês do país não usa o sinal analógico, mas sim via antena parabólica – e também são ignoradas nessa contagem. Precisamos achar um meio de esquecer a plataforma de transmissão e pensar no conteúdo audiovisual que está sendo transmitido”, diz.

O jornalista ainda conclui que talvez estejamos andando num ritmo mais acelerado do que conseguimos perceber: “O uso das tecnologias está caminhando mais rapidamente do que a gente consegue entender e mais ainda do que a gente consegue medir”.

Imagens: 1 – cedida pelo pesquisador; 2 – cedida pelo Ibope

Mais informações: e-mail valdecirbecker@gmail.com

Fonte: Agência USP de Notícia

Tagged with:
preload preload preload