out 07

Faixa 700MHz: Interferência pode afetar TV e celular a partir de 2015

notícia Comentários desativados em Faixa 700MHz: Interferência pode afetar TV e celular a partir de 2015

Interferência pode afetar TV e celular a partir de 2015

Problemas como falta de som e imagem devem ser causados pelo uso de faixas de frequência vizinhas

Edital da nova banda já vai prever investimento em equipamento preventivo; no Japão, custo atingiu US$ 3 bi

JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA Estudos feitos por radiodifusores e teles mostram que a entrada em operação da TV digital e do 4G (internet de alta velocidade), no novo modelo que será implementado a partir de 2015, vai gerar interferência nesses serviços em algumas cidades do país.

Sem a adoção de medidas tecnológicas adequadas, o celular poderá deixar a TV sem som e imagem por alguns segundos, e a TV ligada poderá interromper a navegação no smartphone.

A própria emissão de sinal pelas antenas de TV ou telefonia pode afetar os serviços.

Com a digitalização, TV e internet 4G usarão faixas de frequência vizinhas, um dos motivos apontados para a interferência entre os serviços.

Estudos mais aprofundados para estimar em quais municípios isso ocorreria, formas de evitar o problema e os gastos envolvidos ainda estão sendo feitos, mas já se sabe que a maior parte dos casos de interferência deve ocorrer em grandes centros.

Para evitar que os usuários tenham de lidar com a situação, é necessário investir em equipamentos durante a instalação da nova infraestrutura das TVs e das teles.

Outros países que decidiram usar a frequência de 700 MHz para trafegar dados, como Japão e Reino Unido, enfrentaram problemas parecidos. No Japão, foram investidos US$ 3 bilhões para solucionar o problema (cerca de R$ 6,7 bilhões).

A Folha apurou que no Ministério das Comunicações o assunto vem sendo tratado com cautela. Para o governo, a interferência ainda é vista como capaz apenas de criar ruídos nos aparelhos ou leve tremor nas imagens. Mesmo assim, está decidido, internamente, que o edital para licitação da faixa irá incluir o repasse desses gastos.

O que se discute agora é qual será o modelo adotado: acrescentar o gasto no preço do lote a ser licitado ou criar uma regra que determine o pagamento posterior. A medida deve repassar os custos para as teles, consideradas as principais interessadas em viabilizar o uso da faixa.

Embora desde o ano passado as empresas de telecom já trabalhem com a internet de quarta geração, a interferência não acontece porque elas estão usando outra frequência, a de 2,5 GHz.

Os ruídos devem ocorrer quando passar a ser usada a faixa de 700 MHz, de interesse das teles porque os investimentos são menores, pois necessita de menos antenas.

Fonte: Folha de São Paulo

Tagged with:
out 02

Eventos: Seminário sobre TV Interativa no Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas (CITI) da USP

eventos Comentários desativados em Eventos: Seminário sobre TV Interativa no Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas (CITI) da USP

No próximo dia 16 de outubro será realizado o Seminário sobre TV Interativa no Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas (CITI) da USP.

Connected TV, second screen, broadcast-broadband hybrid systems, UX, HCI, Brazilian broadcast switch-over, big sport events in 2014 and 2016

 
“The Future of ITV” seminar is an initiative of CITI to enhance discussion about ITV and specialists in HCI field. Professionals and specialists in projects concerning the relation between interactive electronic devices and human factors are expected to be gathered in order to improve their national and international network, know similar projects and establish partnerships.
Prof. Lyn Pemberton (University of Brighton, UK) and Sanaz Fallakhair (University of Portsmouth, UK) were invited as keynote speakers and will talk about their experience on ITV and HCI in England.
A pre-registration is needed in order to join the event. Please send us an e-mail to thefutureofitv2013@gmail.com with your full name, e-mail and institution until 10 Oct 2013 (This event is free of charge and the official language is English).
We are looking forward to see you!

Mais informações no site: https://sites.google.com/site/thefutureofitv/home

Tagged with:
out 02

Paises TVDigital: padrão brasileiro se consolida na AL, mas não avança na África

paises TVD Comentários desativados em Paises TVDigital: padrão brasileiro se consolida na AL, mas não avança na África

Com o Brasil já definindo seu cronograma para a migração definitiva para o ISDB-T, a adesão ao padrão nipo-brasileiro cresce no continente americano. O mais novo integrante do clube é Honduras, que trocou o padrão ATSC, dos Estados Unidos, pelo ISDB-T(Integrated Services Digital Broadcasting – Terrestrial). O anúncio formal aconteceu na semana passada, de acordo com informações do Ministério das Comunicações.

Na América Central, Honduras é o terceiro país a escolher o padrão nipo-brasileiro, e o 15º no mundo. Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Filipinas, e Guatemala já optaram pelo ISDB-T, além de Brasil e Japão. Novas adesões podem estar a caminho, uma vez que El Salvador, Belize e Nicarágua também demonstram interesse pelo padrão nipo-brasileiro, mas ainda não divulgaram qual sistema adotarão – aqui também uma forte disputa com o ATSC, dos Estados Unidos.

Mas um território considerado crucial para a globalização de fato do ISDB-T, a África, continua distante. Apenas um país – Botswana – já declarou oficialmente a sua escolha, os demais- em especial a a Comunidade de Países da África Austral (Sadc) recomendou aos seus 14 integrantes (África do Sul, Angola, Botsuana, Congo, Lesoto, Madagascar, Malawi, Ilhas Maurício, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue) a adoção do sistema europeu – DVB-T, mesmo com a crise financeira que dificulta o apoio financeiro à migração do analógico para o digital.

Aqui no Brasil, até o final de outubro, o ministério das Comunicações planeja ter definido – já com a realização de audiência pública – as cidades que vão, de fato, precisar fazer o apagão da tv analógica em 2015. Isso porque o governo decidiu fazer o leilão de parte da faixa de 700 MHz para a banda larga no primeiro semestre de 2014. Na primeira fase do planejamento já se constatou que será necessário ‘limpar’ a faixa em 724 dos 5560 municípios. Mas o tema é complexo e envolve conflitos entre o setor de radiodifusão e de telecomunicações.

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
set 30

Paises TVDigital: Honduras adota padrão nipo-brasileiro de TV digital

paises TVD Comentários desativados em Paises TVDigital: Honduras adota padrão nipo-brasileiro de TV digital

O padrão nipo-brasileiro de televisão digital continua se expandindo. O governo de Honduras anunciou, na semana passada, a adoção do sistema ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting – Terrestrial) como padrão para TV digital terrestre. Em 2007, Honduras havia optado pelo o sistema americano, mas acabou revertendo essa decisão.

Assim, Honduras é o terceiro país na América Central a escolher o padrão nipo-brasileiro, e o 15º no mundo. Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Filipinas, Botswana e Guatemala já optaram pelo ISDB-T, além de Brasil e Japão.

O órgão regulador de Honduras ressalta que vários países adotaram o padrão ISDB-T porque o sistema combina características técnicas que permitem uma melhor cobertura e utilização do espectro. Além disso, facilita a prestação de outros serviços que beneficiam a população.

O padrão nipo-brasileiro proporciona maior qualidade da imagem e do som, possibilita a interatividade com o telespectador e acesso por dispositivos móveis, como celulares, tablets e aparelhos GPS.

Outra vantagem é que o Brasil e o Japão oferecem oferta de capacitação tecnológica e transferência de tecnologia aos países que optam pelo sistema.

A decisão fortalece a estratégia de expansão do ISDB-T para os demais países da América Central, assim como de outros continentes. El Salvador, Belize e Nicarágua também demonstram interesse pelo padrão nipo-brasileiro, mas ainda não divulgaram qual sistema adotarão.

Fonte: Ministério das Comunicações

Tagged with:
set 24

Interatividade: Em tese de doutorado na Unicamp, Rodrigo Cascão, membro do Módulo de Promoção do Fórum SBTVD, desenvolve técnica que leva conteúdo interativo, via internet, para a tela da TV

aplicativos, notícia Comentários desativados em Interatividade: Em tese de doutorado na Unicamp, Rodrigo Cascão, membro do Módulo de Promoção do Fórum SBTVD, desenvolve técnica que leva conteúdo interativo, via internet, para a tela da TV

Ferramenta dá informações adicionais a telespectadores, técnica concebida na FEEC coloca na tela, via internet, conteúdo interativo.

Uma técnica desenvolvida na Unicamp vai permitir que o telespectador, ao assistir a um filme na TV digital, acesse na própria tela informações complementares como sinopse, críticas, direção, histórico do elenco, premiações, fotos, vídeos e outros conteúdos relacionados disponíveis via internet. Como instrumento de navegação, o controle remoto. O modelo é fruto da tese de doutorado de Rodrigo Cascão Araújo, orientada pelo professor Ivan Luiz Marques Ricarte e defendida na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC).

O autor da tese observa que a integração da internet e das tecnologias de comunicação móveis com as plataformas de televisão têm provido os telespectadores de novos serviços interativos de conteúdo digital. “Por causa disso, os equipamentos para o consumidor têm se tornado cada vez mais sofisticados, suportando uma variedade de conteúdos e conectividade com outras redes e dispositivos. Diante do crescimento do volume e da diversidade de conteúdos multimídia, a televisão está enfrentando os mesmos desafios de complexidade e excesso de informações que já vinham sendo encarados por outras mídias digitais rela cionados à internet.”

Segundo Rodrigo Araújo, a ideia é que usuário da TV digital possa pesquisar os conteúdos facilmente, a partir da própria grade de programação que as emissoras transmitem com o sinal. “A novidade está na técnica de integração de ontologias e metadados desenvolvida por nós. O sistema é automático, não depende de ser alimentado porque captura a informação já existente. O guia enviado pela emissora, que chamamos de EPG, traz somente o básico – nome e descrição do programa, elenco, classificação etária – mas isso já é suficiente para que o sistema rastreie informações adicionais em repositórios da internet de forma inteligente.”

Ao leigo convém um parêntese para explicar a terminologia que dificulta compreender o próprio título da tese: “Alinhamento de metadados da indústria de broadcast multimídia no contexto da TV digital com a web semântica”. Web semântica é uma extensão da internet que permite interligar significados de palavras e, assim, atribuir um sentido aos conteúdos. Metadados são dados sobre um dado, ou seja, outras informações sobre determinado conteúdo. E ontologia é um modelo de dados, um conjunto de conceitos sobre indivíduos, classes, atributos e relacionamentos.

Ronaldo, Quem?

O pesquisador lembra que cada vez mais utilizamos diferentes dispositivos (celulares, tablets) para acessar os mesmos conteúdos e, cada vez mais, esses dispositivos estão conectados. “É um volume muito grande de informações. Para organizá-las existem tecnologias que tornam a web mais inteligente e facilitam a pesquisa

Uma delas é a de metadados – dados que complementam as informações digitais dos conteúdos multimídia, com o objetivo de descrevê-los de forma sintática e semântica, facilitando a estruturação e o gerenciamento de tanta informação.”

Rodrigo Araújo toma o exemplo de um jogador de futebol chamado Ronaldo para ilustrar como uma palavra-chave pode ter significados diferentes, conforme o contexto. “É preciso haver inteligência para o computador identificar se aquele Ronaldo é o ‘Fenômeno’ ou o ‘Gaúcho’. A inteligência pode ser fornecida pela tecnologia de metadados, muito utilizada dentro da web semântica que, por sua vez, permite que os computadores conversem entre si e façam associações de informações.”

O engenheiro informa que atualmente existem diversas especificações de metadados utilizadas pela indústria de broadcast multimídia em redes de TV Digital; e, também, que existem na internet diversos repositórios de informação baseados em metadados que complementam as informações de metadados da TV Digital. “Contudo, como os padrões são baseados em diferentes especificações, surge o problema de como integrar essas informações. O que a tese propõe é um processo para alinhamento das especificações, a fim de que o telespectador utilize tanto informações de metadados da TV digital como da internet.”

Padrão Ginga

Visto que o país passa por um processo de digitalização das transmissões de TV, o pesquisador atenta que o aplicativo funciona no padrão Ginga – a linguagem desenvolvida para a TV digital brasileira e estabelecida para todos os televisores que estão saindo de fábrica. “Nesse padrão é possível consultar as informações complementares navegando com o controle remoto. Abre-se uma tela translúcida em cima da imagem, com os devidos interlinks para a busca nos repositórios da internet.”

De acordo com o engenheiro, o sistema foi validado através de uma prova de conceito implementada em um receptor híbrido de TV digital, que demonstrou a viabilidade de sua operacionalização sem a necessidade de impactar os padrões utilizados no Brasil para transmissão de sinal de TV digital terrestre (ISDB-T). “Basicamente, é preciso instalar esse aplicativo Ginga no televisor. E esse aplicativo pode até ser transmitido com o sinal da emissora: quando recebido, ele já se instala e inicia todo o trabalho.”

Rodrigo Araújo é diretor comercial de uma empresa que desenvolve uma série de equipamentos para que as emissoras realizem a migração do sinal analógico para o digital. “O fato de eu já ter contato tanto com emissoras de TV quanto com fabricantes de dispositivos é uma vantagem, mas o aplicativo ainda está em estágio de protótipo, funcionando em cima de um emulador. Ainda trabalho numa versão mais amigável, com nomenclaturas menos técnicas e mais claras para os usuários.”

Produtor Inovador

O pesquisador também pretende submeter um projeto a agências de fomento como Fapesp e Finep, que oferecem recursos para o desenvolvimento de produtos inovadores. “Quero fazer uma análise detalhada de modelos de negócio para que o produto consiga se pagar e que pode ser baseado, por exemplo, em publicidade. Também penso numa versão voltada a celulares  e tablets que já oferecem acesso à TV – esses usuários têm mais facilidade de interagir com dispositivos móveis do que com o controle remoto.”

Ainda entre os trabalhos futuros, Rodrigo Araújo vê a possibilidade de se fazer consultas personalizadas avançadas, como por exemplo, a respeito de quais diretores já trabalharam com a protagonista de determinado filme e de outros filmes em que ela atuou; e, inclusive, criar uma espécie de rede social em que o usuário possa enviar o link aos amigos para gerar comentários. “O mecanismo que desenvolvemos pode ser estendido para diversas aplicações, mas pretendo ficar um pouco mais na pesquisa, trabalhando em um artigo para submeter a uma revista científica internacional, o que é desejo do meu orientador, professor Ivan Ricarte. Depois vamos focar esforços no produto.”

Publicação

  • Tese: “Alinhamento de metadados da indústria de broadcast multimídia no contexto da TV digital com a web semântica”
  • Autor: Rodrigo Cascão Araújo
  • Orientador: Ivan Luiz Marques Ricarte
  • Unidade: Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC)
  • Fonte: Jornal da Unicamp (clique aqui para baixar a notícia)
  • [wpdm_file id=4]

Fonte: Fórum SBTVD

Tagged with:
set 24

Livro: 3° Panorama da Comunicação foi lançado em SP

livros Comentários desativados em Livro: 3° Panorama da Comunicação foi lançado em SP

Obra compara a situação brasileira com a dos demais países do Cone Sul. Apresentação ocorreu no dia 16 de setembro no Escritório da Presidência

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom) lançaram, nesta segunda-feira, dia 16, às 15h, a obra Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil 2012/2013, composta por quatro volumes: Indicadores e Tendências (partes I e II), Flagrantes e Memória.

Organizada pelo professor José Marques de Melo – ex-diretor da Escola de Comunicação e Artes da USP, primeiro doutor em jornalismo do Brasil e presidente do Conselho Deliberativo da Socicom – e por João Cláudio Garcia, assessor-chefe de Imprensa e Comunicação do Ipea, a obra foi apresentada no Escritório da Presidência da República em São Paulo (Av. Paulista, 2.163, Ed. Banco do Brasil, auditório do 17º andar). Além dos dois, estiveram presentes pesquisadores que participaram do projeto.

Os dois primeiros volumes abordam temas como mercado consumidor de bens simbólicos e produtos culturais, formação e cognição, regulação e controle, cooperação e intercâmbio, mercado de trabalho, sistemas de produção e circulação dos bens simbólicos e conteúdos culturais e comunicação pública. O volume 3 retrata a atuação da sociedade científica do campo comunicacional junto a instituições nacionais e estrangeiras. E o último resgata a memória dos estudos de comunicação no país.

O projeto Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil, que soma três edições, com onze volumes publicados, reunindo mais de 180 textos com análises e propostas de iniciativas e políticas públicas para o setor, rendeu ao Ipea o Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação 2012 (promovido pela Intercom e Globo Universidade) na categoria Instituição Paradigmática.

Baixe pelo site do Ginga-DF os 4 volumes

[wpdm_file id=3]

Baixe pelo site do ipea

Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil – 2012/2013 – Indicadores e Tendências I – Volume 1

Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil – 2012/2013 – Indicadores e Tendências II – Volume 2

Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil – 2012/2013 – Flagrantes – Volume 3

Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil – 2012/2013 – Memória – Volume 4

Fonte: IPEA

Tagged with:
set 04

Switch-off: Cronograma do switch-off pode ser esticado para até 2020, admite Minicom

TV analógica, TV digital Comentários desativados em Switch-off: Cronograma do switch-off pode ser esticado para até 2020, admite Minicom

Para que o leilão da banda de 700 MHz para uso na banda larga móvel aconteça, primeiro é preciso fazer uma limpeza da faixa, atualmente ocupada com a TV analógica. O cronograma do switch-off está sendo redesenhado pelo Ministério das Comunicações no decreto 8061/13 para ser mais flexível, observando as novas realidades do mercado, levando em consideração o uso da frequência para LTE e colocando de maneira escalonada o desligamento do sinal. Mas o órgão reconhece que o plano pode ter o prazo esticado para até 2020, contrário ao deadline de 2018.

Um dos desafios é lidar com a transição de 12 mil canais oficiais, além de mais 8 mil “não-burocratizados” por toda a extensão territorial do País. “É um trabalho hercúleo, não encontrei nenhuma referência fora do Brasil que trate dessa quantidade de canais”, declarou o coordenador geral de engenharia de outorgas do Minicom, João Paulo Saraiva de Andrade, durante Conferência Latino-americana de Espectro 2013 em São Paulo nesta terça, 3.

A partir de 2016, o cronograma prevê o desligamento das cidades maiores, de acordo com as possibilidades técnicas, até 2018, podendo expandir esse prazo para 2020. “O decreto atual prevê isso (a data de 2018), mas estimamos que possa alongar um pouco mais sem prejuízo a ninguém”. Atualmente, o Ministério das Comunicações define 724 cidades com desligamento obrigatório, mas, no estudo teórico, prevê redução para 630 municípios.

Nesta semana, o ministério estuda o caso do Norte, Nordeste, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que juntos somam cerca de 800 canais. Na próxima semana, será a vez de Minas Gerais; e na seguinte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De acordo com Andrade, o estudo será finalizado ainda em setembro e os resultados serão entregues em outubro.

Ele explica que há a possibilidade de realizar já em 2015 o switch-off em cerca de 3.500 cidades (possivelmente 4 mil, segundo estimativa dele) que não possuem problema de espectro somente com a reorganização de canais, confirmando a ideia proposta de começar o desligamento “de baixo para cima”, conforme explicou na semana passada o presidente da Anatel, João Rezende. A ideia é deslocar canais que estão acima da faixa de 700 MHz para baixo. “Este é o segundo cronograma, no qual estou trabalhando há quatro meses; e a decisão de levar adiante foi há cerca de 20 dias”, disse Andrade. O ministério pretende fazer “no mínimo” dois pilotos em 2015, em regiões opostas no País.

Capitais específicas

Dentro desse universo de cidades sem problemas de ocupação da faixa, destacam-se todas as capitais do Norte e Nordeste, exceto Fortaleza, Recife e Salvador. Nessas, é preciso aprofundar mais os estudos para estabelecer o switch-off, puxando então o deadline para 2018 entre as capitais, justamente as maiores na região. “É por causa do espectro: as redes buscam a implantação da TV onde houver maior possibilidade de audiência”, explica o coordenador do Minicom. Ou seja: como há maior demanda, há maior consumo de canais no espectro, impossibilitando uma simples reorganização.

Já em Palmas, o problema é da característica de terreno local. “Acho que dá para resolver lá porque nosso sistema ISDB-T é mais forte do que imaginávamos”, declara. Na capital do Tocatins há problema de localização de torres de transmissão fora do raio de 2 km, fora de colocalização, mas que pode ser resolvido com solução técnica. “Em São Paulo funciona, temos transmissores com mais de 2 km de distância e funcionam muito bem.”

Por parte das emissoras, a TV Globo afirma já ter cobertura digital entre 50% da população brasileira. “A extensão da TV analógica levou 50 anos para chegar a 98% da população. A TV digital está muito mais rápida, mas não consegue fazer em um tempo tão reduzido assim (a tempo do cronograma do switch-off para 2016)”, declara a diretora de engenharia da TV Globo, Liliane Nakonechnyj. “A dinâmica do mercado de TV é diferente das telecomunicações, que têm investimento e receitas intensivos”, diz ela. A executiva compara ainda que a mudança de tecnologia (que permite o ajuste a novas infraestruturas) para o consumidor avança de forma diferente: enquanto um celular tem vida útil curta (cerca de dois anos), a de um televisor é de cerca de dez anos.

Incentivo

Terminando o replanejamento de canais, o Minicom discutirá com o Fórum de TV Digital a definição do cronograma de trabalho “para desenrolar” o switch-off. O governo também começa a considerar campanhas para educação sobre o serviço de TV digital (benefícios, maneiras de conseguir acesso), bem como possibilidade de utilizar o CadÚnico ou o Bolsa Família para estimular crédito na compra de novos televisores equipados com o receptor digital. “Estamos estudando a segmentação do CadÚnico para aqueles que sequer teriam condições de adquirir (o aparelho) mesmo parcelado. A esses, o governo atenderia com set-top boxes”, define João Paulo de Andrade.

Carro na frente dos bois

Argumentando pendências técnicas, o diretor de planejamento e uso de espectro da Abert, Paulo Ricardo Balduíno, diz que pode não haver tempo suficiente para que o edital do LTE nessa faixa saia entre abril e maio, como deseja o governo. Não que seja por falta de aviso, segundo ele afirma. “A gente tem colocado insistentemente para a Anatel e o Minicom que o cronograma político é incompatível com o cronograma físico para resolver os problemas de interferência e para o próprio switch-off”, declarou. “Esse descasamento é arriscado e entendemos que não há razão alguma para essa pressa para a licitação da faixa de 700 MHz.” O diretor de relações governamentais da Qualcomm, Francisco Giacomini, discorda. “Não vejo problema, pode ser a qualquer momento. As obrigações é que precisam estar compatíveis”, condiciona.

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
set 03

Brasil 4D: Resultado do Projeto Brasil 4D – Estudo de Impacto Socioeconômico sobre a TV Digital Pública Interativa

livros, videos Comentários desativados em Brasil 4D: Resultado do Projeto Brasil 4D – Estudo de Impacto Socioeconômico sobre a TV Digital Pública Interativa

Download do relatório da pesquisa sobre o projeto [wpdm_file id=2]

Tagged with:
set 02

Interatividade: Projeto da EBC leva interatividade da TV digital a famílias de baixa renda

eventos, interatividade Comentários desativados em Interatividade: Projeto da EBC leva interatividade da TV digital a famílias de baixa renda

Imagine receber na tela da TV informações a respeito de direitos como acesso a serviços públicos ou sobre orientação financeira. Essas são algumas das aplicações de interatividade do sistema digital que estão sendo desenvolvidas pelo Projeto Brasil 4D, apresentado na última sexta-feira, 30, em painel do 4º Fórum Internacional de Mídias Públicas.

O projeto, coordenado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), foi iniciado em dezembro do ano passado e selecionou 100 famílias beneficiárias do Programa Brasil sem Miséria em João Pessoa. Elas testaram aplicativos desenvolvidos para interatividade com a televisão digital, usando softwares livres.

“Foi um trabalho de formiguinha, montamos um projeto inédito e, para tal, tivemos que descobrir toda uma linguagem interativa que fosse acessível para a população”, disse o coordenador-geral do projeto e superintendente de suporte da EBC, André Barbosa.

Na tela da TV, os moradores tiveram acesso às ofertas de empregos da sua cidade, cursos de capacitação e orientações para obtenção de documentos, além de informações sobre serviços e benefícios do governo federal, como aposentadoria, campanhas de saúde e programas Bolsa Família e Brasil Carinhoso, entre outros.

Segundo a professora da Universidade Católica de Brasília (UCB), Cosette Espindola de Castro, os testes mostraram que, após a ambientação com o sistema, as pessoas passaram a otimizar recursos com as informações disponíveis sobre os serviços.

“Um exemplo foi o caso da oferta de emprego. Com a interatividade, as pessoas recebiam informações atualizadas semanalmente e não saiam de casa desnecessariamente para buscar emprego, e não teriam que gastar dinheiro com transporte e comida” disse Cosette, que participou de um estudo para avaliar os impactos do projeto.

De acordo com o levantamento, 64% das famílias disseram que o uso da interatividade reduziu despesas para conseguir uma informação a respeito de oferta de emprego ou obtenção de documentos.

“Trabalhamos com famílias de baixa renda de bairros periféricos e que apenas 6% delas tinham acesso à internet. Ou seja, elas também passaram a ser incluídas social e digitalmente” disse Cosette.

O Projeto Brasil 4D foi premiado com o Troféu SET 2013, durante o Congresso da Sociedade de Engenharia de Televisão (SET), no dia 20. No mesmo dia, recebeu a menção especial da LA Cumbre TV Abierta 2013, em Nova York, pela contribuição para a TV aberta. O evento é um fórum anual que debate a indústria e o mercado de TV aberta.

Fonte: FNDC

Tagged with:
ago 22

Faixa 700 MHz: Radiodifusão quer manter a faixa de 700 MHz

notícia, TV analógica, TV digital Comentários desativados em Faixa 700 MHz: Radiodifusão quer manter a faixa de 700 MHz

Em painel realizado nesta quarta-feira, 21, no Congresso SET 2013, o diretor de engenharia e tecnologia da Globo, Fernando Bittencourt, voltou a defender a manutenção da faixa de 700 MHz para uso das empresas de radiodifusão. De acordo com ele, a discussão sobre a destinação da faixa está sendo realizada de forma parcial, sem considerar as necessidades de evolução tecnológica dos radiodifusores. “Sabemos que a banda larga precisa de espaço para evoluir para o 4G agora e atender a demanda, mas nós estamos desenvolvendo a mesma tecnologia há dez anos, também precisamos evoluir para não estagnar”, disse.

Para Bittencourt, o debate tem sido influenciado pelo “mito” de que a transmissão de conteúdo por banda larga seria capaz de substituir a função do broadcast. O executivo afirma que a capacidade de massificar informação é muito maior na radiodifusão, enquanto a Internet teria um caráter individual, de conteúdo sob demanda. “Não existe espectro no mundo para fazer pela Internet o que o broadcast faz. Você não verá uma final de copa do mundo transmitida abertamente para um país todo pela Internet”, argumentou.

Durante o painel, mediado pelo jornalista Alvaro Pereira Junior, também da Globo, Bittencourt contou com o apoio de Gordon Smith, presidente e CEO da NAB (associação de Broadcasters dos Estado Unidos) e ex-senador dos Estados Unidos. Smith incentivou as empresas de radiodifusão a se unirem e pressionar o governo, usando a força da sua audiência no País. “Espectro tem muito valor, e quando se perde não há como recuperar”, disse.

De acordo com o norte-americano, quando se percebeu que seria tarde demais para evitar a desocupação de partes do espectro usado pelos radiodifusores dos Estados Unidos, adotou-se uma estratégia para reduzir os danos causados pelo processo. O resultado foi um projeto que determinava que nenhum canal seria obrigado a vender seu espaço nem seria prejudicado caso canais vizinhos tomassem essa decisão.

Smith recomendou que os radiodifusores se organizem em torno do argumento da gratuidade do conteúdo da TV aberta, pois isso, segundo ele, teve bons resultados no debate realizado nos Estados Unidos. “O conteúdo da Internet é pago. Perguntem a seus governantes se eles farão a massa pagar por informação”. Ele também defendeu a tese de Bittencourt de que as discussões são feitas de forma parcial. “Falam como se a Internet fosse a novidade, inovadora, e a radiodifusão ultrapassada, algo velho”, disse.

Bittencourt também aproveitou o painel para criticar o prazo dado para o switch-off analógico, que classificou como impossível de ser comprido. “Pelas discussões que estamos tendo aqui no evento, percebemos que não apenas afetará as empresas por causa dos custos, como também é impossível de ser realizado. O governo precisará rever isso”. Smith apoiou Bittencourt, e disse que nos EUA o processo de switch-off do sinal analógico foi realizado com os radiodifusores, e não às custas dos mesmos. “Não esperem que as autoridades entendam do seu negócio, porque eles não entendem. É preciso se organizar”, concluiu.

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
preload preload preload