abr 27

TV Digital: Imagem é principal benefício da TV digital e interatividade não é citada, mostra pesquisa Ibope em Rio Verde

interatividade, TV digital Comentários desativados em TV Digital: Imagem é principal benefício da TV digital e interatividade não é citada, mostra pesquisa Ibope em Rio Verde

O interessante nessa reportagem é em dizer que a interatividade não foi citada, mas tem que se levar em consideração que menos de 10% dos entrevistados possuíam um equipamento com GINGA, já que foram entrevistados 805 pessoas e somente 63 eram do bolsa família…. a interatividade só vai aparecer nessas pesquisas quando as pessoas tiverem equipamentos com Ginga e quando as emissoras produzirem conteúdos interativos em suas programações, não adianta só ter conteúdo interativo embarcado nos equipamentos que serão entregues minimamente as pessoas do bolsa família, fica ai um ponto para reflexão sobre esse assunto!!!!

A última pesquisa realizada pelo Ibope (pesquisaTVdigital2) a pedido da EAD (Entidade Administradora da Digitalização) em Rio Verde/DF, já após o processo de desligamento da TV analógica, incluiu algumas perguntas importantes sobre a percepção dos consumidores acerca da nova tecnologia de recepção digital. O ganho de qualidade na imagem e no sim foram aspectos positivos destacados pelos entrevistados, mas os atributos interativos da TV digital e a mobilidade tiveram pouca relevância, segundo a pesquisa. O Ibope fez um total de 805 entrevistas, realizadas entre os dias 2 e 5 de abril.

Quando perguntados sobre os aspectos positivos do desligamento, 82% dos entrevistados apontaram que a imagem é bem melhor. Outros 10% destacaram que a população terá um serviço melhor; 6% apontaram como fato positivo um maior número de canais e programação local; 5% destacaram a qualidade do som, 4% destacaram a importância para o desenvolvimento da cidade; 2% destacaram a gratuidade; 2% destacaram o pioneirismo de Rio Verde no desligamento; 1% destacou a possibilidade de uma Internet mais rápida e 4% dos entrevistados não souberam dizer. Não houve referências elogiosas aos recursos de interatividade (0%), segundo a pesquisa. Ao todo, 63% dos entrevistados consideraram positivo o desligamento da TV analógica.

Outros 13% dos entrevistados acharam o desligamento ruim, e criticaram sobretudo a perda de sinal ou de algum canal (33%); a necessidade de fazer investimento para continuar assistindo (42%, agregando-se respostas semelhantes) e a instabilidade do sinal digital (22%, agregando-se as respostas semelhantes).

Quando questionadas sobre qual o principal atributo percebido da TV digital, 42% destacaram a melhora na imagem, 8% disseram que o sinal ficou pior, 7% destacaram que o som é melhor, 5% disseram que a TV deixou de pegar, 2% destacaram um maior número de canais, 2% disseram haver menos canais e 1% destacou haver recursos interativos.

A pesquisa também constatou que 33% dos entrevistados afirmaram ter feito mudanças para receber o sinal digital. Destes, 43% compraram uma nova antena, 40% compraram um conversor, 14% instalaram um conversor, 12% instalaram o kit recebido do Bolsa família ou CadÚnico, 10% trocaram o aparelho de TV, 7% instalaram uma antena, 3% fizeram a sintonia dos canais, 2% contrataram um serviço de TV paga e 2% instalaram uma parabólica. Em geral essas iniciativas foram tomadas antes do desligamento, mas em cerca de 30% dos casos as providências vieram depois. O motivo alegado para a demora foi a falta de dinheiro (21%) e a descrença no processo de desligamento (19%).

Interatividade no Bolsa Família

A pesquisa do Ibope mostra que, em geral, o percentual de conhecimento e uso dos recursos interativos foi muito baixo até o momento. Mesmo assim, a pesquisa questionou os beneficiários do Bolsa Família sobre este tema. Do total de beneficiários entrevistados (63), 68% não tinha ouvido falar dos recursos de interatividade e 32% tinham ouvido falar. Aos que responderam ter ouvido falar, foram feitas perguntas sobre os conteúdos. Nesses casos, a quantidade de respostas é pequena, o que inviabiliza uma análise percentual, por isso os resultados estão em números absolutos de resposta. Cinco pessoas entrevistadas disseram ter assistido ao Portal Bolsa família. Duas pessoas entrevistadas mencionaram a Agência do trabalhador, uma pessoa falou do menu trabalho/emprego, uma mencionou o conteúdo de saúde da mulher, duas mencionaram o menu da mulher e 10 nunca utilizaram.

Dos cadastrados no Bolsa Família que receberam o kit, 38% dos entrevistados responderam que certamente acessariam informações sobre programas sociais e outros serviços públicos, e 10% possivelmente acessariam. Outros 29% têm dúvidas ou possivelmente não acessariam e 10% disseram que certamente não acessariam esse tipo de serviço. Quando a pergunta era se os beneficiários responderiam a questionários por meio do controle remoto sobre serviços do governo, 45% responderam que sim, positivamente; 18% disseram que possivelmente sim; 9% disseram que possivelmente não e 17% disseram que certamente não.

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
abr 26

CONVITE AUDIÊNCIA PÚBLICA QUINTA FEIRA DIA 28/04/16

notícia, switch-off Comentários desativados em CONVITE AUDIÊNCIA PÚBLICA QUINTA FEIRA DIA 28/04/16

No dia 28 de abril de 2016, das 10h às 12h, acontecerá a audiência pública “A Implantação da TV Digital no DF e entorno”,  para apresentação e discussão do processo de migração da TV Analógica para a TV Digital no Distrito Federal e cidades do entorno.

Brasília será a primeira capital a ter o sinal analógico desligado no dia 26 de outubro deste ano.  Até lá, diversas ações acontecerão para que toda a população possa se preparar para que o sinal de TV não seja interrompido nos domicílios.

A Audiência Pública está sendo organizada pelo gabinete do deputado distrital prof. Israel Batista.  A EAD, Entidade Administradora do Processo de Digitalização da TV, que está à frente do processo de migração, bem como o Ministério das Comunicações, ANATEL, ABERT e  Secretaria da Casa Civil do DF terão representantes na audiência pública, para esclarecer dúvidas e apoiar toda a população neste processo.

 Você é nosso convidado e será um prazercontar com a sua presença, para o esclarecimento de dúvidas e para apoiarmos juntos o maior número possível de pessoas a se prepararem para essa mudança.

 Qualquer dúvida, favor escrever para mobilizadores@eadtvdigital.com.br

Data 28/04/2016

Horário das 10h às 12h

Local Câmara Legislativa (DF) – Praça Municipal – Quadra 2 – Lote 5.

Tagged with:
abr 07

Tv digital: PNAD 2014 mostra que quase 40% dos domicílios já têm TV Digital

notícia, TV digital Comentários desativados em Tv digital: PNAD 2014 mostra que quase 40% dos domicílios já têm TV Digital

Mesmo antes do calendário de desligamento dos sinais analógicos – que começou no ano passado – razoável proporção dos lares brasileiros já estava pronta para a TV Digital. Nas contas do IBGE, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, a cobertura da televisão aberta digital já chegava a 39,8% das residências em 2014.

Essa conta considera uma penetração de 15,7% nos lares situados em áreas rurais. Considerando-se apenas as áreas urbanas – onde o desligamento deve se concentrar de acordo com o novo cronograma negociado entre governo, emissoras e teles móveis – o percentual de domicílios com TV Digital chegava a 43,5%.

De acordo com a pesquisa, a proporção de domicílios com TV digital aberta cresceu em todas as unidades da federação, mas ainda é maior no Sudeste (45,7%), seguida pelo Sul (41,5%) e pelo Centro-Oeste (40,8%). O Norte e o Nordeste alcançavam ambos, aproximadamente, 30% de lares com TV Digital em 2014. No geral, dos 67 milhões de domicílios particulares permanentes, 97,1% (65,1 milhões) possuíam aparelho de TV naquele ano (alta de 2,9% sobre 2013).

Ainda nas contas do IBGE, o número de domicílios com TV por antena parabólica representavam 38% do total, com predominância naqueles situados em áreas rurais (78,5%), enquanto nas áreas urbanas o uso de parabólicas era menor (31.8%). É o contrário do que se vê no acesso à TV por assinatura, que apesar do crescimento de 12% sobre 2013, chegava a 32,1% dos domicílios com televisão em 2014.

Visto de outra forma, em 2014, entre os domicílios com aparelho de televisão, 32,1% não tinham TV digital aberta, mas contavam com pelo menos uma modalidade de acesso à programação: 22,6% tinham somente TV por antena parabólica; 7,4% tinham somente TV por assinatura e 2,1% tinham TV por antena parabólica e televisão por assinatura.

Tela fina

Também vale notar, visto que usado como critério para o desligamento analógico, que entre os 106,8 milhões de aparelhos de TV existentes nos domicílios, 55,6 milhões (52,1%) eram de tubo e 51,2 milhões (47,9%), de tela fina. Isso indica que a proporção de televisões de tela fina aumentou em 9,5 pontos percentuais em relação a 2013, com televisores de tubo sendo maioria em áreas rurais (74%) e no Nordeste (56,7%) enquanto a tela fina supera levemente nas áreas urbanas (50,4%).

A pesquisa ressalta, ainda, que cerca de 15,1 milhões (23,1%) dos domicílios não tinham nem parabólica, nem TV paga, nem televisão digital aberta. Como lembra o IBGE, “esse grupo de domicílios merece atenção especial, pois ficaria impossibilitado de acessar programação televisiva por meios convencionais quando concluído o processo de desligamento do sinal analógico e sua substituição pelo sinal digital em todo o Território Nacional”. A Região Norte apresentou o maior percentual de domicílios sem nenhuma das três modalidades (27,7%) e o Sudeste (21,8%), o menor.

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
abr 07

Switch-off: Desligamento da TV analógica em Rio Verde não gerou reclamações, diz EAD

switch-off Comentários desativados em Switch-off: Desligamento da TV analógica em Rio Verde não gerou reclamações, diz EAD

Quando o processo de desligamento da TV analógica se iniciou, havia uma grande expectativa sobre como seria a reação da população ao fim das transmissões. A primeira experiência ocorreu há pouco mais de um mês em Rio Verde (GO), e o resultado não poderia ser mais surpreendente: nenhum protesto ou reclamação. Segundo Antônio Carlos Martelleto (foto acima), presidente da Entidade Administradora da Digitalização (EAD), empresa gerida pelas empresas de telecomunicações e que cuida do processo de desligamento em cada uma das cerca de 1,4 mil cidades que passarão por esse processo até 2018, havia uma expectativa de um grande volume de reclamações ou, pelo menos, de grande procura por decodificadores. A EAD, diz ele, se preparou para o “dia seguinte”, reforçando os pontos de distribuição na cidade e o atendimento telefônico. Mas, para surpresa geral, o volume de pessoas em busca do equipamento ou de ligações diminuiu drasticamente, e não houve nenhum registro de reclamação. “Temos agora a ferramenta mais eficiente de divulgação do desligamento, que é a cartela que fica permanentemente sendo exibida no sinal analógico, com o aviso do ministério e o número de contato. E mesmo assim a procura tem sido mínima”, diz o executivo. Isso, segundo ele, mostra que houve sucesso na divulgação feita na cidade e no esforço não apenas da EAD, mas das emissoras e lideranças municipais que se empenharam no processo.

A EAD espera poder tirar a estrutura de Rio Verde até o final de abril. “Hoje distribuímos menos de dez receptores por dia na cidade”, diz Martelleto. “Mas acho que Brasília será a prova dos nove, ainda mais com um cenário de degradação da situação econômica. Aí teremos um quadro mais claro”. Martelleto concedeu entrevista exclusiva a este noticiário na semana passada.

Pesquisa final

Segundo Martelleto, será agora realizada uma pesquisa para entender como foi o processo de digitalização para a população de Rio Verde. A EAD quer entender qual o uso que as pessoas que receberam o decodificador estão fazendo do aparelho (se está instalado, se estão sendo usados os recursos disponíveis, se o equipamento foi doado para terceiros ou vendido), quer entender o que aconteceu com a população que supostamente não migrou para a TV digital (em Rio Verde algo em torno de 15% das residências, segundo a última pesquisa antes do desligamento), quais os canais de divulgação foram mais importantes, entre outras questões. “Essa pesquisa será essencial para todo o processo nas grandes cidades que já iniciamos”, disse ele.

Martelleto também comentou a mudança proposta pelo governo de alterar o critério de desligamento. Em fevereiro o ministro das Comunicações, André Figueiredo, e o Gired decidiram, a partir de um acordo entre teles e emissoras de TV, que não mais iriam obrigar o desligamento em todas as cidades brasileiras até 2018, mas apenas nas cidades em que isso fosse essencial para a liberação do espectro. Em compensação, ampliou-se a distribuição das caixas receptoras aos inscritos no Cadastro Único.

Equilíbrio financeiro

“Tínhamos no edital uma referência de 14 milhões de domicílios que receberiam os decodificadores. Depois disso se definiu por uma caixa completa, mais cara, para ser distribuída ao Bolsa Família, mas ao mesmo tempo houve um esforço para garantir o equilíbrio do orçamento da EAD. É por isso que, nas condições de hoje, de câmbio, as caixas do CadÚnico são mais simples. Temos custos de pesquisa e comunicação que sequer estavam previstos no edital (da faixa de 700 MHz)”, afirmou o executivo. Hoje, segundo a EAD, nas 61 regiões que serão digitalizadas serão distribuídas perto de 13 milhões de caixas, com um orçamento de cerca de R$ 3,6 bilhões, com cerca de 60 funcionários fixos na sede em São Paulo e equipes volantes nas cidades que estão sendo desligadas. “Os números da EAD serão auditados pelo Gired, e não existe economia, porque o que sobrar vai ser direcionado, mas não volta para as operadoras. Mas para ampliar os recursos disponíveis, teria que haver uma justificativa irrefutável. O equilíbrio da EAD é premissa básica”.

Segundo Martelleto, insistir em uma distribuição ampla de uma caixa completa apenas ao Bolsa Família seria, provavelmente, menos eficiente do que foi ampliar a base. Nenhum país do mundo, diz ele, conseguiu passar de 70% do público alvo com campanhas de distribuição de equipamentos, mas até aqui o Brasil vem batendo esse valor de referência. “Em Rio Verde chegamos a 85% no Bolsa Família, onde o esforço foi concentrado. No entorno de Brasília já estamos com 70% do Bolsa Família”.

Novo modelo

Martelleto conta que, agora, o Gired e a EAD estão estudando a possibilidade de distribuir vouchers para a compra de equipamentos, inclusive para televisores, desde que se viabilize um nível de desoneração. “Isso de alguma maneira ajuda nessa discussão sobre interatividade, porque o consumidor terá mais liberdade para escolher o que quiser”. Segundo ele, existe sempre o risco de que o voucher virar moeda corrente. “Vamos estudar os prós e contras e apresentar isso para o Gired”.

Em relação ao fato de que, na prática, com uma distribuição ampla de uma caixa sem recurso de interatividade haveria uma limitação de um dos pilares do modelo de TV digital implementado em 2006, Martelleto diz que, de fato, hoje os aplicativos do Ministério do Desenvolvimento Social para smartphones, por exemplo, são muito mais eficientes. “Há uma dificuldade inicial, que é o fato de que o firmware da caixa ainda não permitir a atualização ‘over the air’. Depois que esse recurso for implementado, o que deve acontecer em breve, segundo os fabricantes, é necessário que as emissoras se organizem para que os aplicativos sejam atualizados pela própria rede. Não é um processo que depende da EAD”. Ele lembra ainda que o decoder, no custo que hoje é viável (entre R$ 80 e R$ 160, entre a caixa simples e a caixa completa, já com os impostos) , há limites de capacidade porque a memória precisa ser compartilhada entre diversos aplicativos.

Remanejamento

A EAD ainda não precisou se deparar com a necessidade de trocar os transmissores de emissoras de TV que operam na faixa de 700 MHz, um problema que será mais comum nas grandes cidades. Segundo Martelleto, haverá uma troca agora na cidade de Santa Helena (GO), próxima a Rio Verde, em que há um canal na faixa que interfere na cidade. Ele explica que a avaliação dessas situações será feita junto às emissoras, caso a caso, e que ao contrário das caixas, não deve haver necessariamente uma grande compra de equipamentos por parte da EAD. A entidade deve procurar as emissoras de cada localidade e verificar o que será necessário, caso a caso. “Claro que vamos tentar agregar o que for possível para ter uma negociação, mas será um processo bem mais customizado. O que estamos fazendo é uma estimativa de custos para as cidades em que será preciso fazer esse remanejamento e estudando onde também isso não será necessário, para que as operadoras possam entrar com o LTE ainda este ano”, diz Martelleto. “Não acho que esse será um desafio muito crítico, pois existem já consensos com os radiodifusores sobre as responsabilidades. Acho que na questão técnica está tudo indo bem”.

Interferência

“O próximo passo será começar a tratar da questão de mitigação de interferências, mas as indicações que a gente tem, inclusive de outros processos, é que esse deve ser um problema bem menor do que a gente estimou inicialmente”, diz Martelleto, referindo-se ao problema de interferência das transmissões de LTE na faixa de 700 MHz e a recepção de TV digital.

Ele explica que o esforço de mitigação terá uma atividade mais intensiva apenas depois que as operações de LTE comerciais estiverem ativadas, o que significa que a EAD volta a cada cidade já visitada num segundo momento para essa etapa.

Cobertura deficiente

A EAD percebeu até aqui que existe um problema a ser observado nas cidades, referente a deficiências na cobertura do sinal de TV aberta. Segundo Martelleto, o avanço da banda C nas últimas décadas tem a ver com esse problema, que não é dimensionado pelo Ministério das Comunicações nem acompanhado pelas autoridades. “As pessoas sempre recorreram à banda C para compensar a falta de sinal de TV. Nos últimos anos, na renovação de parque, as pessoas estão optando pelas opções oferecidas pelas operadoras de DTH, que oferecem os canais abertos sem assinatura para quem tem o equipamento”, diz ele. Mas para a EAD isso é um problema, porque existe uma polêmica sobre se o domicílio que está na área de cobertura de uma emissora, mas não recebe o sinal, deve ser contabilizado.

“O que vamos propor, e eu sei que isso será polêmico, é uma discussão sobre a cobertura digital. A nossa proposta é que se não houver cobertura de um determinado número de emissoras em uma região, esses domicílios não sejam incluídos na pesquisa e, portanto, na obrigação de distribuição de receptores”, diz ele. A razão para isso, diz Martelleto, é que em muitos casos poderá ser feito um investimento que, na prática, atende a apenas uma emissora, ou nem isso. “Se não existe interesse da radiodifusão de cobrir com sinal aberto esses domicílios, por que nós vamos manter o esforço de pesquisar essa região?”. Segundo Martelleto essa proposta não foi feita ainda, e quando vier será acompanhada de um estudo prévio mostrando onde o problema existe. “A cobertura (da TV digital) tem que ser uma premissa para a migração”. Para ele, “a radiodifusão vive um dilema de ter que investir em digitalização sem possivelmente ter nenhuma receita adicional com isso. Ao contrário, vem perdendo receita”. Mas, segundo Martelleto, “o alongamento do prazo de desligamento de grande parte das cidades para 2023 deve ajudar um pouco”.

Comunicação local

Martelleto relata que os canais de comunicação tradicionais, sobretudo a própria TV, tem uma grande importância para a mobilização no processo de desligamento. “Houve, em Rio Verde, um investimento pesado da EAD em mídia local. A próp TV Anhanguera foi importante nesse processo”, diz ele, lembrando que esse investimento faz parte da própria estratégia de comunicação definida pelo Gired e que será mantida nas grandes cidades, em que o custo das inserções publicitárias é maior. Mas o que mais funciona para alcançar o público de baixa renda, segundo Martelleto, é buscar a proximidade com lideranças comunitárias e organizações de assistência social. “É esse boca-a-boca que faz as pessoas nos procurarem para saber do direito que elas têm de receber os receptores de TV digital”. Segundo a EAD, 0 trabalho de mapeamento destas lideranças é o grande desafio da migração. O processo começa buscando as grandes ONGs, igrejas e associações de assistência que têm os contatos com as pequenas associações de bairros e líderes comunitários. “A gente faz apresentações durante missas e cultos sobre o processo de migração”, diz Martelleto. “As principais informações sobre os beneficiários quem tem e controla são as secretarias de assistência social dos municípios, secretarias de saúde e os centros de referência de assistência. O Ministério do Desenvolvimento Social tem os dados globais, mas não acompanha o micro, e esse levantamento é bastante trabalhoso, mas é a base de sustentação de tudo”.

Logística

A EAD criou uma metodologia de distribuição das caixas por agendamento, com dias e horários marcados. Na hora, são copiados os documentos do beneficiário e dado um treinamento básico de uso. Mas Martelleto reconhece que muitas pessoas não têm conhecimento suficiente sobre o que está acontecendo, sabem apenas que aquele é um direito e é gratuito. “Quando passamos a distribuir os kits também para o CadÚnico em Rio Verde, que seriam mais 17 mil pessoas, notamos que houve pouca procura, porque provavelmente já tinham um aparelho, e o índice de digitalização geral na cidade aumentou muito pouco. Mas não dá para dizer que a caixa de TV digital seja um objeto do desejo”. Segundo ele, a partir de agora a EAD vai começar a pesquisar o perfil dos beneficiários na entrega, para entender quais são os equipamentos de comunicação mais utilizados e o grau de conhecimento de TV digital.

Um aspecto importante é que a EAD, no processo de agendamento, fica com um cadastro atualizado dos números de celular dos beneficiários. Segundo Martelleto, a entidade tem um compromisso legal, definido pelo Gired, de confidencialidade dessas informações, que não são compartilhadas com ninguém, exceto o Ministério do Desenvolvimento Social. Os dados não podem ser compartilhadas pelas operadoras móveis para nenhuma ação de marketing.

Próximos passos

Agora a EAD aguarda o decreto com a mudança da política de transição, até para que a data final deixe de ser 2018 e passe a ser 2023. “Há um pequeno cronograma, mas provavelmente em julho começamos a fazer a distribuição dos kits em São Paulo”.

Martelleto ressalta o esforço do Gired e do governo em conseguir manter o desligamento em Rio Verde. “Muita gente me disse que isso não aconteceria, e eu mesmo duvidei em alguns momento, mas é preciso dar crédito ao ministro em bancar o ônus político. Agora, com o desligamento de Rio Verde, temos uma credencial para apresentar e conseguimos provar que o desligamento será possível, mesmo em grandes cidades”.

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
abr 07

Switch-off: FIGUEIREDO E ROLLEMBERG TRAÇAM PLANOS PARA DESLIGAMENTO DO SINAL DE TV EM BRASÍLIA

switch-off Comentários desativados em Switch-off: FIGUEIREDO E ROLLEMBERG TRAÇAM PLANOS PARA DESLIGAMENTO DO SINAL DE TV EM BRASÍLIA

Serão distribuídos 370 mil conversores no Distrito Federal e nove cidades do entorno.

O Governo do Distrito Federal vai cooperar com o Ministério das Comunicações no processo de desligamento do sinal analógico de televisão em Brasília e nas cidades do entorno, que está previsto para acontecer em outubro deste ano. Hoje, 4, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, visitou o governador Rodrigo Rollemberg, no Palácio do Buriti, em Brasília.

O ministro afirmou que a parceria com o GDF poderá contribuir em ações como a distribuição dos conversores de sinal digital para as famílias beneficiárias de programas sociais, o que permite que os televisores antigos não fiquem sem o serviço de TV, e a publicidade para informar a população a respeito da troca de sinal.

Para André Figueiredo, a junção de esforços é importante para que toda a população tenha acesso ao sinal digital. “A integração é extremamente importante para que o processo transcorra de maneira eficiente. Pelo perfil da região, acredito que não teremos dificuldades”, afirmou.

Rollemberg destacou dois representantes da administração local para integrar o grupo de implementação do sinal digital no DF. ”É uma pauta bastante positiva, focada na modernidade, e vamos colaborar no que for possível”, disse o governador.

Transição

O desligamento do sinal analógico no Distrito Federal e nove cidades goianas do Entorno (Cristalina, Luziânia, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental, Novo Gama, Formosa, Águas Lindas de Goiás e Planaltina) acontece em 26 de outubro.

Para que a população que ainda utiliza os televisores mais antigos tenha acesso ao sinal digital, está prevista a distribuição de 370 mil conversores para os inscritos no programa Bolsa Família e no cadastro único do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

A partir de abril, os moradores do DF podem fazer o agendamento no site www.vocenatvdigital.com.br ou no telefone 147 para retirar o kit composto de conversor e antena. A entrega dos equipamentos será em julho. Nas cidades do Entorno, a distribuição dos equipamentos já começou. Pelo menos 70% dos inscritos no Bolsa Família já receberam os kits.

Entre os benefícios do desligamento do sinal analógico estão a melhor qualidade de som e imagem proporcionada pelo sinal digital e a liberação da faixa de frequência de 700 MHz, que vai ser usada para expandir o sinal de 4G para todo o país.

Fonte: Tele Síntese

Tagged with:
preload preload preload