abr 11

Enquanto media a disputa entre teles e radiodifusores pelo dividendo digital, o Ministério das Comunicações avalia que o fim das transmissões analógicas de televisão enfrenta uma dificuldade muito maior: os aparelhos receptores ainda estão longe de alcançar a maioria dos lares brasileiros.

“O acesso de TV digital pelo conjunto da população é um grande desafio. Estimamos que hoje 40% da população tem receptores, tem aparelhos de TV com tecnologia digital, ou tem set top boxes”, afirmou o ministro Paulo Bernardo, ao participar nesta quinta-feira, 4/4, do programa de rádio Bom Dia Ministro.

“Precisamos estimular que as pessoas comprem televisão digital ou comprem conversor digital, porque evidentemente não podemos desligar o analógico com as pessoas recebendo com televisão antiga. Não vai dar certo. A televisão é muito importante e teríamos um problema social sério”, argumentou.

Por isso, Bernardo voltou a um tema que já defendera, mas que aparentemente não avançou no governo: como alavancar as vendas de televisores ou conversores. “Temos que baratear os equipamentos e, em alguns casos, discutimos a possibilidade de o governo subsidiar a compra para facilitar.”

Até para ilustrar o tamanho do problema, o ministro prometeu para este ano o início de testes em algumas cidades do país – ou seja, experiências de desligamento dos sinais analógicos. “Vamos ter testes-piloto este ano. Precisamos garantir que todo mundo tenha equipamento de recepção”, disse.

A dificuldade é um dos motivos para a troca de uma data única de desligamento dos sinais analógicos por um período mais longo. “Estamos com uma proposta já tramitando na Casa Civil e pretendemos despachar com a presidenta Dilma para antecipar para 2015 o início do desligamento do analógico, mas em compensação vamos aumentar o prazo para o final até 2018”, explicou.

 

Fonte: FNDC

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