abr 07

Mesmo antes do calendário de desligamento dos sinais analógicos – que começou no ano passado – razoável proporção dos lares brasileiros já estava pronta para a TV Digital. Nas contas do IBGE, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, a cobertura da televisão aberta digital já chegava a 39,8% das residências em 2014.

Essa conta considera uma penetração de 15,7% nos lares situados em áreas rurais. Considerando-se apenas as áreas urbanas – onde o desligamento deve se concentrar de acordo com o novo cronograma negociado entre governo, emissoras e teles móveis – o percentual de domicílios com TV Digital chegava a 43,5%.

De acordo com a pesquisa, a proporção de domicílios com TV digital aberta cresceu em todas as unidades da federação, mas ainda é maior no Sudeste (45,7%), seguida pelo Sul (41,5%) e pelo Centro-Oeste (40,8%). O Norte e o Nordeste alcançavam ambos, aproximadamente, 30% de lares com TV Digital em 2014. No geral, dos 67 milhões de domicílios particulares permanentes, 97,1% (65,1 milhões) possuíam aparelho de TV naquele ano (alta de 2,9% sobre 2013).

Ainda nas contas do IBGE, o número de domicílios com TV por antena parabólica representavam 38% do total, com predominância naqueles situados em áreas rurais (78,5%), enquanto nas áreas urbanas o uso de parabólicas era menor (31.8%). É o contrário do que se vê no acesso à TV por assinatura, que apesar do crescimento de 12% sobre 2013, chegava a 32,1% dos domicílios com televisão em 2014.

Visto de outra forma, em 2014, entre os domicílios com aparelho de televisão, 32,1% não tinham TV digital aberta, mas contavam com pelo menos uma modalidade de acesso à programação: 22,6% tinham somente TV por antena parabólica; 7,4% tinham somente TV por assinatura e 2,1% tinham TV por antena parabólica e televisão por assinatura.

Tela fina

Também vale notar, visto que usado como critério para o desligamento analógico, que entre os 106,8 milhões de aparelhos de TV existentes nos domicílios, 55,6 milhões (52,1%) eram de tubo e 51,2 milhões (47,9%), de tela fina. Isso indica que a proporção de televisões de tela fina aumentou em 9,5 pontos percentuais em relação a 2013, com televisores de tubo sendo maioria em áreas rurais (74%) e no Nordeste (56,7%) enquanto a tela fina supera levemente nas áreas urbanas (50,4%).

A pesquisa ressalta, ainda, que cerca de 15,1 milhões (23,1%) dos domicílios não tinham nem parabólica, nem TV paga, nem televisão digital aberta. Como lembra o IBGE, “esse grupo de domicílios merece atenção especial, pois ficaria impossibilitado de acessar programação televisiva por meios convencionais quando concluído o processo de desligamento do sinal analógico e sua substituição pelo sinal digital em todo o Território Nacional”. A Região Norte apresentou o maior percentual de domicílios sem nenhuma das três modalidades (27,7%) e o Sudeste (21,8%), o menor.

Fonte: Convergência Digital

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