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O presidente da Telefônica/Vivo, Amos Genish, disse que a possibilidade de adiamento do cronograma de TV desligamento da TV analógica e a respectiva postergação na devolução das frequências de 700 MHz é um problema para a companhia. “Estamos muito preocupados com a pressão para o adiamento do cronograma de limpeza do espectro. É muito ruim para as empresas e para o consumidor final. Vai atrasar o lançamento (dos planos de banda larga), as operadores contavam com esse espectro”, disse Amos. Ele também alertou para o risco jurídico de um adiamento. Segundo Genish, “não há caso no mundo” em que “o governo assina o contrato e recebe dinheiro antecipado com o compromisso de limpar o espectro, e depois há discussão de mudar esse compromisso. Isso é ruim, até para atrair investimentos”.

As operadoras de telecomunicações estão discutindo com as emissoras de TV, no âmbito do Gired (Grupo de Implantação da TV Digital), a manutenção ou não do cronograma de desligamento. As emissoras de TV alegam que as dificuldades geradas pela crise econômica estão dificultando tanto o processo de digitalização das próprias emissoras quanto a aquisição dos receptores de TV digital pela população. Com isso, os índices necessários de domicílios aptos a receber os sinais digitais (93%) não estão sendo atendidos, o que forçaria um atraso. A proposta das emissoras é devolver a faixa de 700 MHz apenas nas cerca de 500 cidades em que o espectro está efetivamente congestionado, postergando o desligamento nas demais. Mas não existe uma alternativa para o caso de o índice de desligamento não chegar a 93% nas cidades com espectro congestionado.

As teles propõe que qualquer adiamento esteja condicionado à revisão desse índice de 93% e à obrigatoriedade de uma publicidade mais invasiva sobre o desligamento, que force o telespectador a trocar de televisor.

Fonte: Tela Viva

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