maio 31

O governo do Distrito Federal começou a se preparar para o apagão analógico de televisão, marcado para 26 de outubro próximo. Um primeiro grupo de 1.020 alunos do Senai começam neste fim de semana a percorrer regiões da capital para ajudar os mais pobres a instalar os conversores, de forma que mesmo quem não possui aparelho digital continue a assistir TV depois do desligamento dos sinais analógicos.

Os primeiros alvos são as maiores cidades do DF, Taguatinga e Ceilândia. Mas além das demais regiões da capital, os equipamentos também já estão sendo distribuídos aos inscritos no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal. Os alunos tiveram aulas práticas e teóricas com técnicos da Globo para a instalação das antenas, conversores e amplificadores de sinal.

Segundo a EAD (agora Seja Digital), o braço operacional da digitalização, cerca de 370 mil conversores serão distribuídos em Brasília (212 mil) e em nove cidades do Entorno Águas Lindas, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso.

As emissoras de televisão também pediram ao governo do Distrito Federal que inclua avisos sobre o desligamento dos sinais analógicos em todas as contas de água e de energia elétrica – algo que o governador Rodrigo Rollemberg já sinalizara como possível quando, no início de abril, foi procurado pelo então ministro das Comunicações, André Figueiredo.

Paralelamente, a EAD, empresa criada pelas operadoras móveis e que atua como braço operacional da transição digital, firmou nesta mesma semana um convênio com a Universidade Católica de Brasília para divulgar o desligamento analógico na capital.

Pelo acordo, a EAD – que agora vai passar a se chamar Seja Digital – “fornecerá todos os recursos financeiros para as ações e materiais de comunicação sobre a transição de sinal”. O valor, porém, não foi revelado porque de acordo com a Seja Digital “pode variar de acordo com o volume de atividades desenvolvidas pelos grupos de alunos e as demandas dos projetos”.

A Universidade Católica de Brasília tem envolvimento direto com o tema, não apenas por oferecer pós graduação em TV Digital, mas por ter programas específicos sobre o middleware Ginga, que poderia ser descrito como uma camada de interoperabilidade para aplicações interativas na TV Digital.

Não por menos, o convênio prevê que pesquisadores do mestrado em Comunicação da UCB farão testes de usabilidade do Ginga, por meio de pesquisa no campo da recepção. Além disso, estudantes vão trabalhar na disseminação de informações sobre o processo de migração da TV Digital, indo por exemplo a locais de atendimento de serviços públicos, como hospitais.

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