fev 14

Ginga-J: Ginga Hackathon – TV Digital com Java

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Nos dias 9 e 10 de março de 2013, na Globalcode São Paulo, acontecerá o Ginga Hackathon, uma maratona de programação onde desenvolvedores interessados no assunto poderão desenvolver aplicativos para TV Digital com Java.

O evento é gratuito e realizado pela Oracle do Brasil em parceria com a Globalcode.

Para quem não puder comparecer no dia do evento foi disponibilizado um curso online sobre desenvolvimento de aplicações interativas com Ginga-J especialmente para este hackathon, mas todos podem participar e também é gratuito.

Informações sobre o curso acesse https://www.globalcode.com.br/treinamentos/cursos/videoaulas/java-e-tv-digital

Mais informações https://gingahackathon.java.net/

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ago 24

TV Digital: Java é página virada. O que vem por aí?

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Uma visita rápida  à exposição Broadcast & Cable 2012, realizada em paralelo ao Congresso SET, esta semana, em São Paulo, e  ao stand do Fórum SBTVD, pode ser revelador sobre o futuro da TV Digital. Muito do que foi discutido nos três dias de evento já é realidade, em teste pelo SBT e pela  Rede Globo.  E deixa claro que a discussão sobre o uso do Java no middleware Ginga é página virada. O Ginga-J é parte do middleware e ponto final.

Nos bastidores, corre que o Fórum SBTDV está muito próximo de assinar um acordo com o Oracle  para a cessão do TCK do Java Virtual Machine, embora a própria Oracle e a presidência do Fórum se recusem a comentar o assunto, alegando que as conversas continuam. “Se isso acontecer, o Fórum e a Oracle farão um comunicado conjunto”, afirma Roberto Franco, presidente do Fórum.

Quando o assunto é o middleware Ginga, a preocupação do Fórum SBTVD agora é outra. E ela ficou muito clara no painel “Além da TV – O o que vem por aí?”, coordenado pelo próprio Roberto Franco. “Nós não temos nenhuma pretensão que a população conheça o Ginga. Mas nós queremos que a população conheça bem os serviços que o Ginga presta”, argumenta Franco. O que remete a discussão para as possibilidades de oferta da interatividade proporcionada pelo Ginga de forma complementar à interatividade proporcionada por outras soluções tecnológicas convergentes como a banda larga como as TVs conectadas, as TVs híbridas, as OTTs e as chamadas second screen.

Em resumo, partindo da premissa de que temos um middleware inovador, e uma realidade muito diferente do de outros mercados, chegou a hora de arregaçar as mangas e começar a discutir os novos modelos demandados pelos consumidores, as novas necessidades, e ousar em criar um padrão.

Estamos diante de diferentes plataformas que atendem a diferentes hábitos de consumo de vídeo. Por que não combinar algumas delas usando o Ginga como a cola? Por que não usar o Ginga com as TVs conectadas? Ou para soluções de VOD? Ou como catch up de dispositivos móveis?

Se olharmos única e exclusivamente com a lente da tecnologia, tudo isso jé é possível hoje.

Algumas empresas já trabalham nesse sentido. Do lado das emissoras, a Globo e o SBT. Do lado da indústria de software, a Totvs/TQTVD. O middleware Astro já tem soluções prontas para o desenvolvimento de aplicações de second screen (ou segunda tela), e a equipe de engenharia da empresa desenvolve há dois anos com a NHK japonesa os requisitos técnicos de uma plataforma híbrida, broadband/broadcast que virou uma recomendação da ITU, a J.205.

Durante a Broadcast & Cable a Totvs/TQTVD mostrava em seu stand uma solução para second screen usada pelo SBT. O objetivo é permitir ao telespectador usar os conteúdos preparados para a segunda tela pela emissora (ou seja, informações adicionais de programas, vídeos, votação em enquetes, t-commerce, etc), e enviados para o televisor através do canal de dados do sinal digital da TV aberta. Tudo isso sincronizado com o programa ou atração transmitida pela emissora.

Para receber esse conteúdo no smartphone ou tablet Android ou IOS basta o telespectador baixar o aplicativo e conectar seu iPhone ou iPad à mesma rede Wi-Fi na qual a TV compatível com DTVi já está conectada. Caso esteja sendo transmitido conteúdo compatível, a sincronização entre os dispositivos se dará automaticamente.

No caso do SBT o internauta é levado para páginas Web do programa que estiver assistindo naquele momento. Mas ao lado desta demonstração, no mesmo stand da Totvs/TQTVD, era possível ver um teste da Rede Globo para a transmissão de videoclips de lances de uma partida de futebol, como um gol, por exemplo, enquanto a partida está rolando no sinal da TV aberta.

“São exemplos de como juntar o melhor dos dois mundos”, disse David Britto, CTO da TQTVD. “E de dar à emissora uma chance de manter o internauta conectado aos sues conteúdos mesmo em outro dispositivo com acesso internet”, explicou.

O aplicativo StickerCenter está disponível na APP Store da Apple e no Google Play. A partir dele é possível inclusive comentar a programação através das redes sociais Twitter e Facebook. O que significa que hoje, a solução do SBT já pode ser testada por qualquer consumidor, em São Paulo, que tiver um televisores com conexão Internet de fabricação da LG, Sony, Panasonic, Philips ou Toshiba. A da Globo, ainda não. A intenção do SBT é medir o quanto os conteúdos de segunda tela serão fáceis de acessar por parte do telespectador, serão ou não do seu agrado, etc. E também o quanto conseguirá evitar que, para que seu telespectador tenha acesso aos conteúdos broadband do SBT ele tenha que deixar de ver a TV aberta.

Outras novidades do SBTVD
Outra novidade da SET 2012 com relação da TV Digital foi o anúncio do governo de que, de fato, a EBC começará a funcionar como operador nacional de rede ainda este ano. Testes piloto, incluindo interatividade, deverão começar em algumas semanas. O primeiro deles na cidade de João Pessoa, na Paraíba.

“O teste lá em João Pessoa, junto com a Câmara, vai incluir multiprogramação, transmissão HD e interatividade plena, com sinal de retorno através de 3G. O conversor da D-Link será custeado pelo Banco do Brasil”, explica  o superintendente de suporte da estatal, André Barbosa. “Nós vamos usar dois canais HD, um canal 1-seg e um canal de dados. No futuro, um dos canais de 6MHz HD será dedicada para serviços”, completa.

Entre os parceiros estão a Universidade Federal da Paraíba, a Federal de Santa Catarina, a Totvs e o Banco Mundial, através do BIRD.

Fonte: IDG Now

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ago 20

Ginga-J: Pomo da discórdia do padrão de interatividade da TV digital

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TV Digital sobre a cessão do Java DTV, sem cobrança de royalties para uso no Ginga e a cobrança pelo licenciamento dos módulos Java TV e Java Virtual Machine (JVM).

A polêmica em torno do licenciamento do Java no seio do Fórum SBTVD acabou por revelar uma questão preocupante: a completa ignorância de muitos desenvolvedores a respeito. Uma grande parte da comunidade não entende exatamente como é o modelo de licenciamento do Java.

Afinal de contas o Java é livre ou não? O Open JDK é GPL?

Bati um longo papo com Bruno Souza, o Java Man, diretor do grupo de usuários SouJava, sobre essas e outras questões.

Na última década, a comunidade Java travou diversos embates com a SUN e, posteriormente, com a Oracle, para garantir que o Java tivesse um modelo de licenciamento claro e bem definido, eliminando riscos jurídicos por infrações de patentes e propriedade intelectual.

Sim. O Java é GPL. O código fonte está disponível para livre uso, desde que seguidas as regras da licença GPL.

Isso significa que para utilizar esse código é necessário licenciar todas as modificações sob a mesma licença (GPL), por uma questão de reciprocidade. Esse efeito viral da licença GPL costuma ser alvo de criticas, por supostamente “contaminar” o código do produto, embora os defensores do software garantam que não. Ser apenas uma forma de promover mais código livre.

Portanto, no âmbito do Ginga, quem quiser utilizar o OpenJDK, tem que aceitar que modificações feitas na maquina virtual sejam disponibilizadas como GPL. As empresas dizem que isso impede produtos comerciais, porque você não pode manter proprietária as suas modificações. Mas é e sempre foi a regra do jogo, inclusive para outros produtos usados pela indústria de recepção. Quem quiser manter proprietária as suas modificações, pode pagar por uma licença que não seja a GPL.

Mas esse não é o pomo da discórdia no Fórum SBTVD. Nas discussões a respeito da TV Digital, algumas vezes essa “crítica” de que Java não é completamente livre aparece pura e simplesmente com o intuito de causar desinformação.

Todos concordam que se o desenvolvedor usar o código da Oracle (o OpenJDK), ou aceita a licença gratuita ou paga pelo direito de usá-la.

A discórdia está relacionada a preocupações com valores de licenciamento, controle do padrão pela Oracle, exigência de
certificação e tratamento discriminatório contra empresas brasileiras. Explico.

Segundo Bruno, a licença da especificação Java (JCP) garante acesso à propriedade intelectual de dezenas de empresa que contribuíram para ela, mediante a determinados critérios. A saber: que sua implementação do código seja (1) completa e (2) compatível (tenha passado no TCK, o teste de compatibilidade).

Portanto, no contexto do Ginga, todas as empresas interessadas em vender implementações comerciais do middleware, conforme a arquitetura padrão definida pelo Fórum SBTVD, referendada pela Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT), são obrigadas a passar por esse processo de certificação.

É aí que está a principal critica ao uso do Java. Mesmo que o desenvolvedor não use o código da Oracle, só tem direito à propriedade intelectual se passar no TCK. Se “pagar a certificação”.

Qual o argumento do SouJava em defesa do Java nessa questão?

“Em geral para ter acesso à propriedade intelectual de uma especificação, o desenvolvedor tem que negociar com cada empresa que tenha contribuído para sua elaboração. Somente alguns poucos órgãos de padronização, como o W3C, exigem que a propriedade intelectual seja disponibilizada royalty free. No caso do JCP, existe um processo claro de como essa propriedade intelectual é fornecida”, explica Bruno.

Para não correr nenhum risco, os desenvolvedores Ginga têm algumas alternativas. Podem: (1) usar o projeto OpenJDK e passar no TCK gratuitamente, (2) criar sua própria JVM (ou usar um projeto open source) a partir da especificação e passar no TCK (que é cobrado) e com isso ter o direito de usar as patentes de terceiros, (3) licenciar o código da Oracle (4) ou licenciar o código de qualquer outra empresa que tenha uma JVM (são várias!), (5) não pagar nem passar no TCK e licenciar as patentes de cada empresa que vier bater na sua porta. Bruno lembra que as opções 3, 4 e 5 são realidade de qualquer tecnologia que o desenvolvedor decida incluir no seu produto).

No caso do Ginga, há ainda que se considerar outra questão.

A preocupação com a cobrança de royalties pelos módulos Java usados no Ginga levou o Fórum SBTVD a incluir na norma ABNT -NBR 15606-6 (pág.vii, 3o parágrafo) o seguinte trecho:

*” O proprietário deste direito de patente assegurou à ABNT que está preparado para negociar licenças sobre termos e condições razoáveis e não discriminatórias com os solicitantes. Sobre isto, uma declaração do proprietário desta patente está registrada com a ABNT. Informações podem sem ser obtidas com:*
*Oracle Corporation […].

Isso porque, em tese, todas as JSRs obrigatórias no Ginga-J são certificadas pela Oracle, exceto a JavaDTV. Isso conferiria a uma única empresa americana o controle do tempo de lançamento dos produtos Ginga, além do poder de influenciar nos preços. Esse controle pode dar a essa empresa o poder de não certificar. O que, na prática, diminui a zero a possibilidade de comercialização dos produtos Ginga não certificados, já que os clientes da empresa implementadora estariam sujeitos a cobrança pelo uso de propriedade intelectual, o que seria inaceitável para fabricantes de TV com marca consolidada no mercado.

Mas isso é uma falsa verdade, segundo Bruno. A certificação JCP não é “feita” pela Oracle. A certificação é um teste (um software) que cada empresa roda internamente. É a empresa que diz se seu produto passa ou não na certificação. Não a Oracle. Quando falamos do TCK, o que o desenvolvedor está “pagando” é o direito de executar esse teste, ou seja, a licença para ter o software de testes.

A Oracle não tem como controlar alguém de lançar o produto, até porque não existe nada que te impeça de lançar o produto sem passar na certificação, ou mais ainda, a Oracle não pode te impedir e lançar o produto _mesmo_que_ você não tenha licenciado o teste”, diz Bruno.

Tem mais. A certificação dá direito à propriedade intelectual, mas não é a única forma do desenvolvedor ter direito a essa propriedade. “Você pode fazer sua implementação com muito cuidado, sem infringir a propriedade intelectual!), e portanto, uma disputa disso terá que ser feita na Justiça, e necessariamente acontecerá após o lançamento do seu produto. Licenciar o TCK é a forma mais fácil de você ter acesso à propriedade intelectual, mas não é a única.

Uma das discussões ainda em curso, hoje, no Fórum SBTVD (e que já se estende por mais de 12 meses) é garantir regras mais claras, que garantam mais transparência e agilidade no processo, assegurando de fato o atendimento não discriminatório para todas as empresas implementadoras do Ginga por parte da Oracle.

Nesse ponto, Bruno lamenta o fato do Grupo SouJava estar alijado dos debates no âmbito do Fórum SBTV, porque poderia ser mais efetivo em pressionar em pressionar a Oracle a fornecer respostas e remodelar seus processos, qualquer que sejam, já que o grupo tem de fato influência direta no desenvolvimento do padrão Java e suas políticas de licenciamento (desde a época da Sun, e agora, na Oracle), com assento no Comitê Executivo (EC) do Java Community Process.

“Nesses últimos anos, temos pressionado a Oracle para que as pendências em relação ao andamento da TV Digital sejam resolvidas, mesmo sem conhecer os detalhes do que esta sendo discutido no Fórum SBTVD. Com mais informações, ficaria mais fácil continuar pressionando para sanar esses problemas”, argumenta Bruno.

Na opinião do grupo SouJava, continuar pressionando a Oracle e o JCP para que essa questão seja resolvida de maneira mais satisfatória é um caminho mais estratégico para o pais do que tornar o Java opcional na especificação padrão do Ginga (gráfico abaixo), como discute o Fórum SBTVD.

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“Acredito que ter uma tecnologia de abrangência mundial, que nos dê a possibilidade de uma segurança jurídica adequada, com base na licença GPL do Java, que abra para as empresas brasileiras um importante mercado mundial e que, na minha opinião, temos todas as condições de garantir que seja de uma forma não discriminatória, é uma oportunidade muito grande para deixarmos escapar”, argumenta Bruno.

Ainda mais quando a alternativa, que seria mudar as regras a essa altura, só trará descrédito para todos os envolvidos, e só contribuirá para afastar o desenvolvedor, que á quem mais precisamos atrair nesse momento se queremos que a TV Digital realmente aconteça.”

Porque o SouJava insiste na tecnologia Java ser mantida no padrão Brasileiro de TV Digital? Justamente porque a tecnologia Java não é controlada por uma única empresa.

Porque as regras de certificação, os licenciamentos, as forma de utilização do padrão, são claras, públicas e abertas.

Porque é exigência de tudo isso que os licenciamentos sejam não discriminatórios.

Porque Java possui, não uma, mas múltiplas implementações livres.

Porque nenhum fabricante é obrigado a comprar uma JVM da Oracle, mas qualquer das várias implementações oficialmente certificadas no mercado, gerando competição.

Porque o processo de certificação é também claro e publicado.

E, em especial, porque empresas brasileiras podem participar em igualdade de condições.

“Não temos ilusões e não consideramos que o processo de licenciamento Java seja perfeito. Também não temos ilusão de que erros nunca aconteçam ou que incompetência e má fé não existam. Ao contrário: é por isso que queremos um processo que seja aberto, claro e que nos permita participar e fiscalizar. Fazemos isso com a tecnologia Java hoje”, afirma Bruno.

Em um documento endereçado à comunidade Java, o grupo SouJava explica que muito antes de fazer parte do padrão brasileiro de interatividade para TV Digital, a tecnologia Java faz parte de celulares e do padrão BluRay. Diversos outros padrões de TV Digital incluem Java. A maioria (talvez todos) os fabricantes de aparelhos de televisão e de set-top-boxes fabrica celulares ou BluRays. Todos esses fabricantes já possuem conhecimento em relação à máquina virtual Java, possuem times internos ou contratam fornecedores que implementam máquinas virtuais Java.

O ecossistema Java garante que não existe apenas um fornecedor de máquina virtual Java. Existem dezenas de implementações da JVM, muitas para o mercado embarcado. Fabricantes de televisão podem licenciar ou comprar a tecnologia de vários fornecedores, e não fiacarem “presos” a um único fornecedor, gerando competição no mercado. Apenas um exemplo: no passado, a HP gerou bastante interesse ao decidir implementar sua própria JVM para o mercado embarcado, por achar que a implementação da Sun era muito cara. E não foi a única.

Reproduzo a seguir o trecho final deste documento que explica, detalhadamente, a última pergunta que fiz ao Bruno: quais seriam os prejuízos para o mercado se o Ginga-J fosse considerado opcional no padrão de interatividade?

“Algumas empresas e fabricantes de TVs já embarcam Ginga completo com Ginga-J e o número de TVs já ultrapassou 3 milhões de unidades. Foi publicado neste ano pelo governo federal o PPB que torna obrigatório o Ginga e Ginga-J a partir de 2013 em 75% das TVs LCDs e Plasma e em 90% a partir de 2014. A comunidade desenvolvedores, incluindo aí grupos de usuários Java, empresas e universidades, realizou um manifesto referente à consulta pública, manifestando apoio à incorporação do Ginga no Processo Produtivo Básico dos televisores de LCD, com centenas de desenvolvedores tendo enviado cartas ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior.

Isso é uma pequena mostra de que a comunidade de desenvolvedores, empresas, universidades e o próprio governo tem investido desde que o padrão foi anunciado.

Mas pior do que a perda desse investimento, é a incerteza. Se hoje abrimos mão de uma conquista importante, que já tem dois anos, e que foi apoiada por desenvolvedores de todo o país, em vez de resolvermos o problema e negociarmos uma saída estaremos abrindo espaço para que outros descontentes criem mais incerteza. Tudo isso só ajuda a reduzir a importância, a qualidade, o respeito conquistado pelo Fórum SBTVD, e a confundir e adiar o mercado de TV Digital brasileiro.

Essa incerteza só ajuda a desmotivar aquele a quem mais queremos conquistar, o desenvolvedor. Com o Ginga-J sendo retirado do padrão, que garantia daremos para o desenvolvedor que, após um novo investimento, algo que ele use no desenvolvimento de aplicações também não deixe de ser suportado? A incerteza só prejudica a todos.”

Fonte: IDGNow

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ago 09

Ginga-J: Abaixo-assinado comprova adesão da academia ao Java no Ginga

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Integrantes dos módulos técnicos do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital deveriam ter tomar conhecimento hoje de detalhes do licenciamento do Java e do apoio da comunidade de desenvolvedores Java, incluindo vários representantes da comunidade acadêmica no Brasil, à permanência do módulo Java na arquitetura padrão do middleware brasileiro de TV Digital, o Ginga.

Nos últimos meses, o grupo de usuários SouJava, um dos mais importantes do mundo, com influência direta no desenvolvimento do padrão Java e suas políticas de licenciamento (desde a época da Sun, e agora, na Oracle), com assento no Comitê Executivo (EC) do Java Community Process, se mobilizou na organização de um abaixo-assinado em defesa do Ginga-J e “em repúdio a uma tentativa de virar as regras do jogo depois de 2 anos de investimentos em produtos Ginga”.

Explico: o Fórum SBTVD discute, desde a publicação do decreto para o PPB (Processo Produtivo Básico) que detalha as regras para os fabricantes de TVs LCDs/Plasma incluindo o Ginga completo (Ginga-J + Ginga-NCL) como requerimento oficial, a exclusão do das normas que tratam do Ginga-J do padrão formal, aprovado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas há 2 anos e referendado pela União Internacional de Telecomunicações como parte da arquitetura de um único middleware padrão, harmonizado, com características comuns ao padrão americano (ATSC), ao europeu (DVB) e ao próprio ISDB).

O motivo? Parte dos fabricantes de equipamentos de recepção (televisores e conversores) não conseguiu desenvolver o middleware completo para seus produtos, tendo implementações apenas com o módulo Ginga-NCL. Quem tem o Ginga completo? A Totvs e a Samsung, por exemplo. A Totvs tem sua implementação do middleware embarcada em mais de 3 milhões de televisores e receptores já no mercado. A Samsung, por sua vez, é hoje uma das líderes de mercado de televisores.

Pequenos fabricantes alegam que a obrigatoriedade do Ginga-J na arquitetura padrão do middleware daria a essas duas empresas supremacia no mercado, prejudicando aqueles que gostariam de ingressar nesse mercado. Entre eles, alguns membros da academia, que passaram embasar sua argumentação em defesa da exclusão do Java em questões sobre licenciamento da máquina virtual Java por parte da Oracle.

Semanas atrás conversei longamente do Yara Senger e Bruno Souza (também conhecido como “JavaMan”), diretores do SouJava, sobre a iniciativa de organização do abaixo assinado, entregue ao presidente do Fórum SBTVD no dia 20 de julho. Tentei conversar com Roberto Franco, presidente do Fórum, a respeito. Mas Roberto Franco se recusou a comentar, alegando que a questão tratada no abaixo-assinado foi levantada em reunião do Conselho do Fórum SBTVD no início do ano e não alcançou uma conclusão até o momento. Portanto, o Fórum não ainda não tinha uma posição definida sobre o assunto, e continuaria discutindo o tema. O que o impedia de falar sobre.

Por intermédio dos representantes da comunidade de desenvolvedores de software, o grupo SouJava tentou estar presente hoje na reunião dos módulos técnicos do Fórum, onde o assunto Ginga-J será discutido. Mas acabo de receber um e-mail da Yara Senger informando que, infelizmente, eles não conseguiram o convite oficial para participar da reunião. E o abaixo-assinado foi enviado novamente para Salustiano Fagundes, representante da indústria de software no fórum.

O que o SouJava iria argumentar? Que a possibilidade de tornar opcional o Java no padrão brasileiro significaria a perda de um mercado em crescimento e desperdício de mão-de-obra especializada já formada e em formação nos vários cursos universitários, empresas e grupos de usuários no Brasil. E que mudar as regras do jogo após ter o padrão já aprovado pelo país em uma consulta aberta e pública consistiria um prejuízo enorme para todos os que já investiram e a perda de um enorme potencial para as empresas, universidades e comunidade de desenvolvimento de software.

Segundo Yara Senger, o abaixo-assinado colheu pouco mais de 400 assinaturas. Pouco, diante de uma comunidade de mais de 10 mil desenvolvedores? _ quis saber. Ela e Bruno argumentaram que não. Segundo eles, um dos objetivos do abaixo assinado era saber quem, entre os headers da comunidade (principalmente na academia) apoiava a permanência do Ginga-J na arquitetura padrão do Ginga. Entre as 400 assinaturas estão expoentes do ITA, da Unicamp, da USP, da Federal de Porto Alegre, da PUC-Rio, das Faetecs e de outras instituições acadêmicas de diversos estados.

“Foram adesões importantes, já que não divulgamos o abaixo-assinado pela imprensa. Fizemos circular nas listas de discussão da comunidade SouJava”, explica Bruno.

O pessoal do módulo técnico perdeu uma excelente oportunidade de explorar bastante os representantes do SouJava que pleitearam estar presentes à reunião a respeito das políticas de licenciamento do Java. Como integrantes do Comitê Executivo (EC) do Java Community Process eles têm voz ativa nas definições das políticas de licenciamento junto à Oracle. Conhecem profundamente os modelos de licenciamento. Especialmente quanto o Open JDK, sob licença GPL, tema de um próximo texto.

Convém também ao Fórum SBTVD refletir se é hora de continuar discutindo a arquitetura do middleware. Foram mais de dois anos até a aprovação do padrão na ABNT. Foram grandes os esforços para a padronização internacional na UIT. É legítimo jogar tudo isso fora? Não estaria na hora de unir esforços para criar aplicações de usem bem o Ginga-NCL e, no caso de aplicações mais elaboradas, o Ginga-J? Não há muito mercado para quem queira desenvolver aplicações?

Na toada que vamos, corremos o risco de perder o Ginga, qualquer que seja a sua arquitetura, por puro descrédito internacional.

Saiba mais sobre o abaixo assinado em Ginga-J: Abaixo Assinado a Favor de Java e Ginga-J no Padrão Brasileiro de TV Digital – Grupo SouJava

Fonte: IDGN

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jun 05

Ginga-J: Abaixo Assinado a Favor de Java e Ginga-J no Padrão Brasileiro de TV Digital – Grupo SouJava

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Carta do SouJava

A todos,

Transcorre atualmente no âmbito do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) uma nova discussão sobre as tecnologias que compõe o padrão do Ginga, software que permite o desenvolvimento, transmissão e execução de aplicações interativas na TV Digital.

As Normas do Ginga (https://www.forumsbtvd.org.br/materias.asp?id=112) publicadas em 6 volumes e 3 Guias Operacionais, sempre tiveram como escopo a união da tecnologia Java com o NCL-Lua. A flexibilidade de ter alternativas tecnológicas diversas foi uma das razões para se aprovar o Ginga com as duas tecnologias. O padrão brasileiro reúne assim o que de melhor há no mundo em termos de facilidade e usabilidade (o NCL-Lua, uma grande conquista da tecnologia originada no Brasil) integrado e harmonizado com a linguagem de programação mais usada no mundo e uma das mais maduras e reconhecidas no mercado internacional (o Java).

Todos nós da comunidade Java nos lembramos da época em que votamos na Consulta Pública tanto da norma do Ginga-J (ABNT 15606-4) como na do Java DTV (ABNT 15606-6) quando esta última tornou-se a especificação base para o Ginga-J. Esta consulta pública terminou em 05/04/2010, e a comunidade Java Brasileira demonstrou, através de uma votação expressiva, o seu interesse pelo assunto.

Nestes últimos 2 anos, depois destas normas votadas, aprovadas e publicadas, a comunidade Java participou ativamente da evolução desse novo mercado. Realizamos diversos eventos em todo o país, trazendo desenvolvedores para participar e investir no padrão. Empresas de software desenvolveram seus produtos e implementações do Ginga. Um grande número de aplicações foram e estão hoje sendo transmitidas pelos principais radiodifusores nacionais. Fizemos diversas intervenções junto a fornecedores para garantir que o desenvolvedor tivesse acesso aos ambientes de desenvolvimento. Organizamos listas de discussão, tutoriais, hackatons, cursos. Tudo isso para incentivar o uso das normas e a adoção da tecnologia Ginga-J.

Mesmo tendo sido debatida e aprovada em consulta pública em Outubro de 2011, uma longa e intensa batalha nos bastidores levou o governo a adiar por mais um ano a obrigatoriedade da presença do Ginga nos aparelhos (IDG Now!: Governo cede e Ginga só será obrigatório nos televisores digitais a partir de 2013).

Recentemente, no fim de Fevereiro/2012, o governo publicou um decreto para o PPB (Processo Produtivo Básico) que detalha as regras para os fabricantes de TVs LCDs/Plasma incluindo o Ginga completo (Ginga-J + Ginga-NCL) como requerimento oficial. Hoje, o texto do decreto do governo menciona explicitamente as Normas que tratam do Ginga-J, do Java DTV, assim como a do Ginga-NCL.

Entretanto, depois de tudo isso, atualmente transcorre dentro do âmbito do Fórum SBTVD uma nova iniciativa que visa mudar as regras do jogo, mudando todo o padrão Ginga e tornando a parte Java e o Ginga-J opcional. Isso efetivamente seria decretar a retirada definitiva do Ginga-J dos produtos e do Sistema Brasileiro de TV Digital.

Esta é a 2a. vez que tal debate principalmente sobre o uso do Ginga-J e do Java acontece. A primeira vez foi exatamente 2 anos atrás logo antes dessas Normas irem para Consulta Pública, quando o próprio Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD votou de maneira quase unânime favoravelmente ao Java. Foram 12 votos a 1.

Hoje o Ginga-J é usado por várias emissoras líderes além de estar presente em diversos modelos de TVs fabricadas desde 2010. Já há mais de 3 milhões de TVs com Ginga completo (Ginga-J + Ginga-NCL) vendidas no mercado. Várias instituições como bancos, portais e empresas diversas investiram no Ginga-J. Grupos de usuários Java de todo o país promoveram atividades e capacitaram desenvolvedores. Universidades montaram grupos de estudo e até implementaram partes do padrão.

Assim, tornar opcional o Java no padrão brasileiro significaria a perda de um mercado em crescimento e desperdício de mão-de-obra especializada já formada e em formação nos vários cursos universitários, empresas e grupos de usuários no Brasil. Ademais, mudar as regras do jogo após ter o padrão já aprovado pelo país em uma consulta aberta e pública consistiria um prejuízo enorme para todos os que já investiram e a perda de um enorme potencial para as empresas, universidades e comunidade de desenvolvimento de software.

Cremos que é fundamental que se informe agora a esta mesma comunidade Java o que está acontecendo para poder se expressar claramente em relação ao uso de uma tecnologia que hoje tem mais de 100 mil desenvolvedores no Brasil.

O abaixo-assinado abaixo é uma maneira criada para permitir a comunidade se expressar em apoio ao Java e em repúdio a uma tentativa de virar as regras do jogo depois de 2 anos de investimentos em produtos Ginga, formação de recursos para o desenvolvimento de aplicações, cursos, eventos, palestras e divulgação geral.

Se você, desenvolvedor Java Brasileiro, concorda que a tecnologia Java, o Ginga-J, que você mesmo votou no passado para que fizesse parte do padrão de TV Digital Brasileiro, deva continuar a fazer parte do padrão, e deva ser de implantação obrigatória, ASSINE AGORA o abaixo assinado, e vamos mostrar para o Fórum SBTVD a nossa opinião.

Obrigado!

Equipe SouJava

Carta do Prof. Luiz Fernando em Resposta ao Abaixo Assinado

Ola,

Até o presente momento me abstive de manifestar sobre esse assunto em outras listas, por ter sido um dos  principais arquitetos do Ginga. Acontece que, como Conselheiro da SBC, não posso deixar de me manifestar nesta lista.

O problema do Ginga-J não é técnico.

Como li ontem em depoimento de um funcionário da Oracle, Ginga-NCL e Ginga-J não competem, e eu concordo inteiramente com ele. NCL e Lua fazem o mesmo que se pode fazer com Java, mas ter alternativas é sempre bem vindo …, caso isso não tenha outras implicações.

O problema aqui são essas implicações.

NCL e Lua são livres de royalty. Qualquer um pode fazer uma implementação das APIs do Ginga-NCL, se auto-certificar e não pagar NADA por elas.

Java não é livre de royalties. Uma implementação Ginga-J, não importa quem a desenvolveu, tem de passar pelo TDK da Oracle e pagar por isso, por licença distribuída. Isso significa capital do país sendo enviado para fora do país; e o montante é grande. São dezenas de milhões de receptores que se espera vender por ano.

Mais ainda, a certificação, ou seja, o direito de distribuição, é controlado por uma empresa. Isso fere o princípio de auto-certificação, que desde o princípio guiou o SBTVD. Por mais idônea e imparcial que seja uma empresa, é temeroso que um país permita que seu padrão seja controlado por ela.

Esses são os problemas que a comunidade tem de compreender e pensar bem antes de assinar um abaixo assinado.

Note que o problema não é técnico. Pode-se até citar que o Java exigiria uma máquina com mais recursos, mas isso, a meu ver, não é problema de grande importância. O seja, não se questiona o lado técnico.

Se a Oracle abdicasse dos royalties e tornasse o Java uma tecnologia de fato livre e permitisse a auto-certificação (ou a certificação feita por um órgão tipo o INMETRO), não haveria nenhum problema e não se estaria discutindo se deveríamos ter ou não o Ginga-J, além do Ginga-NCL, como uma extensão do Ginga.

Desculpem a longa mensagem, mas julguei ser minha obrigação trazer os esse fatos para conhecimento geral, para que tomem uma atitude com consciência.

Abraços,

Luiz Fernando
PUC-Rio / Depto. De Informática

Carta do Prof. Guido Lemos em Resposta ao Abaixo Assinado

Prezados Julian e Thiago,

Antes de escrever o que voces estao escrevendo recomendo que leiam as licencas das especificacoes das APIs Java e acompanhem o processo que envolve os direitos de uso dessas APIs entra a Google e a Oracle.

Eu sou o responsavel direto pelo uso de Java no Ginga. Recomendei o uso pelos motivos listados por voces em suas mensagens.
Na epoca eu nao entendia o modelo que disciplina o uso de tecnologia Java. O que me consola e que a Google tambem nao entendeu e se envolveu em uma disputa judicial que poderia resultar em um pagamento de 6 Bilhoes de dolares.

Agora que tenho uma visao mais clara do modelo, o que me incomoda profundamente e que o processo de licenciamento de uso das APIs e controlado por uma unica empresa.

Para que todos entendam o que motivou a rediscussao da obrigatoriedade do uso do Java e importante colocar um fato.

Ate o momento so uma empresa Brasileira conseguiu licenciar o uso de tecnologia Java em sua implementacao Ginga.

Essa discussao se iniciou porque outra empresa Brasileira,desenvouveu uma implementacao do Ginga, comercializou para um fabricante de TVs e o produto nao foi lancado porque nao foi possivel pagar para fazer as certificacoes no
Brasil. Para que o produto pudesse ser lancado foi necessario que a implementacao fosse certificada por uma empresa Chinesa que revendeu a implementacao feita pela empresa Brasileira para a fabricante de TVs.

Essa situacao me lembrou muito uma letra de Ze Geraldo que fala de um pedreiro nordestino que constroi uma escola onde os  filhos nao podem estudar !

Isso deixou varios conselheiros do Forum muito preocupados e este assunto colocou na agenda do conselho uma reavaliacao da pertinencia da obrigatoriedade do Java. A questao central e garantir tratamento nao discriminatorio para todas as
tecnologias de uso obrigatorio incluidas na norma. Mas, o que observamos na pratica foi que a Oracle tem o controle sobre o tempo de lancamento e sobre o preco das licencas.

Estamos tentando no Forum garantir tratamento nao discriminatorio mas, ate o momento nao conseguimos.

A solucao trivial e que depende exclusivamente de nos e retirar a obrigatoriedade do Java. A outra alternativa e a Oracle dar garantias e praticar um tratamento nao disciminatorio.

Sao estas as alternativas que estao sendo avaliadas.

Abracos,

Prof. Guido Lemos
LAVID – Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital UFPB – Universidade Federal da Paraíba

Se mesmo assim ainda tem interesse em assinar acesse https://soujava.org.br/servicos/abaixo-assinado-ginga-j/

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maio 31

Longe de haver consenso, as diferenças entre os setores da indústria de televisão em relação à adoção do Ginga-J (a versão do middleware formada pelas linguagens NCL-Lua e Java) foram diminuídas. Este noticiário apurou que, dentro do Fórum do Sistema Brasileiro de TV digital (SBTVD), o acordo firmado com a Oracle, detentora da linguagem Java, acalmou alguns ânimos. Alguns desenvolvedores de implementações do middleware vinham reclamando da dificuldade em conseguir respostas em relação à política de preços de royalties. Agora a Oracle teria assumido o compromisso de responder aos questionamentos em um prazo de até trinta dias.

Mesmo assim, parte da academia reclama do poder que a Oracle mantém sobre o Ginga-J, ganhando a prerrogativa de definir o timing das implementações. Entre os fabricantes de televisores, aqueles que já investiram em suas implementações do middleware com Java apoiam totalmente a versão, protegendo assim o investimento já realizado. Outros, no entanto, ainda apontam que gostariam de usar uma implementação NCL-Lua.

Em entrevista a este noticiário, Dimas Oliveira, consultor da Oracle, afirmou que existem agendas distintas na indústria, mas que acredita que as arestas foram aparadas. Segundo ele, NCL-Lua e Java são complementares. “Acredito que cada tecnologia tem a sua força. Tecnicamente, ambas são muito boas, mas não existe uma linguagem absoluta”, diz. Em sua visão, uma futura versão Ginga 2.0 deve agregar ainda mais tecnologias, e não abrir mão do que já existe. Parte da força da linguagem Java, explica Oliveira, está na base de desenvolvedores estabelecida, bem como na ampla adoção da linguagem nas grandes instituições. “Há mão de obra qualificada há sete ou oito anos no Brasil”, explica. Mesmo assim, é necessário levar a esta base as especificidades da televisão, os jargões.

Em função de uma parceria com a TQTVD, os desenvolvedores já contam com ferramenta de desenvolvimento o AstroBox, baseada no padrão de TV digital brasileiro. Essa ferramenta é oferecida associada à máquina virtual Oracle – Oracle JVM.

Novo elo

Para ele, as empresas desenvolvedoras passarão a fazer parte da indústria televisiva, atuando junto ao mercado publicitário, bem como na produção de conteúdo de TV.”Podemos criar um novo nicho de mercado”, diz, lembrando que isto só é possível, por enquanto, no Brasil, onde o middleware da TV digital traz esta possibilidade.

“A TV digital no Brasil terá um conteúdo realmente interativo. Isso deve ter também um impacto social”, diz. Confrontado com a afirmação de que a interatividade na TV digital chegou atrasada, superada pela interatividade da Internet, já popular no Brasil, Dimas Oliveira afirma o oposto. “Acho que a interatividade chega no tempo perfeito”. Para ele, a TV digital e a interatividade têm sido analisadas sob uma ótica muito elitista. “A TV é um dispositivo estável, e com efeito multiplicador. Todo mundo olha quando aparece um ‘sticker’ com as últimas notícias, imagina se isso for personalizável”, exemplifica. “A TV continuará sendo o catalisador da família”, completa. Outra funcionalidade seria na educação à distância. “Será possível transmitir um telecurso, com conteúdo adicional ao de vídeo, mesmo sem uma conexão com a Internet”, diz.

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abr 26

Governo e fabricante pressionam Oracle por definições no Ginga-J

ginga-j, notícia Comentários desativados em Governo e fabricante pressionam Oracle por definições no Ginga-J

Já está passando da hora desse problema ser resolvido!!!! A Argentina já esta exportando conversor com Ginga e o Brasil ainda está definindo linguagem de programação que nem brasileira é!!!

Por mais que o java seja bom ou tenha o maior número de desenvolvedores do mundo, acredito que já passou da hora de se definir o que já deveria estar definido, um Ginga com NCL e LUA!!!!!

O governo já trabalha com a hipótese de tornar o módulo Ginga-J opcional para os dispositivos DTVi. Trata-se do módulo Java do middleware adotado no ISDB-Tb. Uma fonte diz que que a informação foi passada em tom de ameaça a representantes da Oracle (Java) no evento da NAB, que acontece esta semana em Las Vegas. No Brasil, a indústria, já apoiada por parte da radiodifusão, vem cobrando da Oracle uma fixação dos preços (ou pelo menos de um teto) dos royalties que serão cobrados por equipamento fabricado. “Eles dizem que não vão cobrar, mas não dão nenhum documento comprovando isso. E se, depois de termos vendido 100 mil receptores, eles resolverm cobrar US$ 3 por equipamento?”, questiona um fabricante ouvido por este noticiário. Este fabricante diz, no entanto, que acredita que com toda a pressão a Oracle deve dar uma resposta em até dois meses. “Se não, vamos parar de corrar atrás deles e deixar que eles corram atrás de nós”, diz.

Fonte: Tela Viva

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mar 02

O OpenGinga tem como objetivo oferecer uma implementação não emulada da especificação Ginga executável em ambientes PC. Oferecendo a execução de aplicações Ginga-J e GingaNCL através da união da Implementação de Referência Ginga-J  do Lavid da UFPB e a Implementação de Referência Ginga-NCL do laboratório Telemídia da PUC-Rio.

Foi liberado a Máquina virtual com a versão 0.4.3 instalada do OpenGinga em um Ubuntu 10.04.

Nessa versão foi corrigido o problema de eventos de input das aplicações e foi instalado a decodificação por ffmpeg, que possibilita a decodificação por hardware(em breve liberarei um vídeo exemplificando). A próxima versão terá o foque de incrementar a API ginga-j, em especial a API  LWUIT e a de multidevices.

Para maiores detalhes e/ou contribuições, se cadastre e acesse o projeto OpenGinga na rede GingaCDN.

O tutorial de Instalação pode ser encontradono seguinte endereço https://gingacdn.lavid.ufpb.br/projects/ginga-j/wiki/Usando_a_m%C3%A1quina_virtual.

Sites importantes:

https://www.lavid.ufpb.br/
https://gingacdn.lavid.ufpb.br/projects/ginga-j
https://gingacdn.lavid.ufpb.br/

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nov 04

A partir de hoje, a Intacto TV Digital irá disponibilizar o seu laboratório com Playout, Carrossel de Aplicações e servidores de SI para que desenvolvedores de todo o mundo possam testar suas aplicações TVD via ar, em diferentes marcas de conversores, simulando uma emissora real. Esse é o projeto OpenITVLab, que tem o intuito de valorizar o trabalho dos desenvolvedores, e trazer à público o potencial criativo que a TV digital possui.

Para participar do projeto, os desenvolvedores e demais interessados devem acessar o site https://www.intacto.com.br/OpenITVLab e submeter suas aplicações. Para cada teste realizado, será enviado um vídeo da aplicação em execução para o autor. Os vídeos autorizados serão divulgados pelo @TVdigitalBrasil e poderão ser visualizados no nosso canal no youtube https://www.youtube.com/TVdigitalBRA

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out 26

O OpenGinga tem o objetivo de oferecer uma implementação completa (não emulada) de código aberto de um middleware de TV Digital compatível com o padrão SBTVD. Executável em ambiente de PC. De forma a oferecer as APIs definidas nas especificações Ginga-J e GingaNCL através da união da Implementação de Referência Ginga-J  do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVID) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Implementação de Referência Ginga-NCL do Laboratório Telemídia da PUC-Rio.

A Maquina Virtual liberada tem a versão 0.4 instalada do OpenGinga em um Ubuntu 10.04.

Tutorial para instalação aqui.

Como usar o middeware aqui.

Para maiores informações do OpenGinga na rede GingaCDN (Ginga Code Development Network) acesse https://gingacdn.lavid.ufpb.br/

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