maio 18

Os ministros de comunicações dos países da África Austral vão testar todos os padrões de TV digital existentes no mundo, antes de definir qual deles será adotado em seus países. A decisão, tomada em reunião realizada em Luanda (Angola) na semana passada, é considerada uma vitória para o sistema nipo-brasileiro de TV digital, uma vez que a tendência era de que esses países adotassem o sistema europeu (DVB), como determinava a convenção de Genebra nº 6.

“Fizemos uma apresentação do processo brasileiro e mostramos as oportunidades que o ISDB-T pode trazer para os países em termos de cooperação, além de explicar como Brasil e Japão podem ajudar no processo de implantação e na geração de capacitação local em TV Digital. Com isso, conseguimos convencê-los a fazer uma análise técnica, social e econômica mais profunda, e que considerassem o ISDB-T como uma opção ao sistema europeu”, explica o assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Flávio Lenz Cesar, que representou o governo brasileiro no evento.

Entre os benefícios oferecidos pelo Brasil estão linha de crédito do BNDES para construção de laboratórios de audiovisual e do ginga, no valor de U$ 600 mil; apoio na instalação de TV pública; transferência de tecnologia e possibilidade de instalação de fábrica para produção de septop box. Segundo Flávio Lenz, uma força-tarefa vai analisar, durante dois meses, os padrões disponíveis e a previsão é que ocorra nova reunião de ministros em agosto deste ano. A comunidade engloba 14 países da região sul da África: Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Ilhas Maurício, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

Além do Brasil e Japão, seis países já adotaram oficialmente o padrão nipo-brasileiro de TV Digital: Argentina, Chile, Peru, Venezuela, Costa Rica e Equador. No caso da Costa Rica, último a optar pelo ISDB-T, o decreto foi assinado pelo então presidente Oscar Arias Sánchez. Outros países manifestaram interesse em adotar o ISDB-T, como é o caso do Paraguai, da Bolívia e de países da África.

Fonte: Tela Viva

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