fev 25
Andre Barbosa Apresentando Projeto Brasil 4D

André Barbosa, coordenador do projeto: “Em vez de mudar fisicamente cada caixinha, podemos mandar um código novo e as pessoas acordam de manhã com uma nova programação no ar”
José Cruz/ABr

Um grupo de 60 famílias de Samambaia (DF) já pode marcar consultas na rede pública de saúde, ver ofertas de emprego em tempo real e agendar atendimentos no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) usando o controle remoto da televisão. O projeto Brasil 4D foi lançado na cidade nesta semana.

Por meio do Brasil 4D, criado e desenvolvido pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação), as famílias contempladas, beneficiárias dos programas Bolsa Família e DF sem Miséria, também podem fazer a atualização do Cadastro Único e saber os compromissos que precisam cumprir para continuar a ter acesso aos benefícios. Futuramente, elas poderão se inscrever no Programa Minha Casa, Minha Vida  pela televisão.

Até junho, mais 300 casas vão receber o sistema em Ceilândia (DF). A EBC está finalizando o acordo com a prefeitura de São Paulo para instalar o Brasil 4D na cidade. O sistema já tinha sido lançado no ano passado em João Pessoa, para um grupo de 100 famílias.

O coordenador do projeto, André Barbosa, diz que o sistema avançou muito desde a primeira etapa de implantação, com a inclusão de novos aplicativos a cada semana. Além disso, já é possível mudar os conteúdos do sistema pelo ar, sem precisar mexer no leitor instalado na casa das pessoas.

— Em vez de mudar fisicamente cada caixinha, podemos mandar um código novo e as pessoas acordam de manhã com uma nova programação no ar.

Para ter acesso ao Brasil 4D, é preciso ter um conversor digital e uma antena UHF, que são fornecidos às famílias selecionadas. Com isso, também é possível receber o sinal digital da TV aberta.

— As pessoas vão poder ver a Copa do Mundo em sinal digital já, em qualquer emissora, sem chuviscos nem fantasmas.

As famílias que participam do projeto são escolhidas por meio de sorteio, em bairros selecionados pelas administrações regionais ou prefeituras.

Para Barbosa, o diferencial do projeto é a união entre as linguagens da televisão e da internet.

— É algo a que as pessoas já estão acostumadas, que é a linguagem de televisão, somando-se à internet, principalmente para as pessoas que ainda não têm internet em casa.

No Distrito Federal, o projeto será acompanhado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), que vai avaliar o impacto socioeconômico da televisão digital na vida das famílias participantes. As quatro letras “D” contidas na nomenclatura Brasil 4D representam as palavras digital, desenvolvimento, diversidade e democracia.

Fonte: R7

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