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TV Aberta: Aproximadamente um terço dos lares dependem da TV terrestre

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O esforço para garantir a 93% da população a recepção do sinal de TV digital pode se resumir a atender aproximadamente um terço da população, o que não tornará o processo trivial. Segundo Marcelo Martins, diretor de novos negócios da Century que participou do SET Expo nesta quarta, 27, dos 68 milhões dos lares com TV, 24 milhões dependem dos sinais da TV aberta. O restante recebe os canais por satélite – 26 milhões de lares dependem da banda C – ou TV por assinatura – 18 milhões.

É importante notar que as bases da TV paga e do satélite continuam avançando sobre a de lares que dependem da TV aberta. A TV por assinatura reduziu o ritmo de crescimento, mas ainda cresce dois dígitos por ano. Já a base do satélite, conta Martins, também avança significativamente. Entre 3 milhões e 3,5 milhões de parabólicas são fabricadas ao ano no Brasil. Esta conta inclui reposição e a própria TV paga, com as antenas de DTH, mas aproximadamente metade pode ser considerada ampliação da base, uma vez que cerca de 1,5 milhão de receptores de banda C (analógica e digital) são feitos anualmente pela indústria.

Não há números confiáveis sobre a real fatia de lares que recebem os sinais terrestres digitais. “O que ouvimos no mercado, no varejo, é que a base de TV recebendo sinal digital pelo ar é muito pequena”, diz Martins. “Acertamos na tecnologia (no desenvolvimento do SBTVD), mas a comunicação da TV digital foi falha. Os concorrentes foram espertos. O mercado de TV por assinatura se apropriou do termo digital na comunicação”, opina. “Aqueles dois terços não vão voltar para a TV terrestre. Precisamos chegar a apenas a um terço”, completa.

Mesmo com a base de lares dependentes da recepção terrestre não sendo tão grande, o desafio para garantir que passem a receber será hercúleo. Aproximadamente 14 milhões de televisores são colocados no mercado ao ano desde 2011, a grande maioria com receptores digitais. No entanto, a maior parte não recebe sinal pela antena. Entre os que recebem sinais terrestres, podem perder essa capacidade quando a faixa dos 700 MHz for destinada a outros serviços. “Não é um filtro de R$ 10 que vai resolver o problema”, diz Martins. Segundo o engenheiro, nos grandes centros, 70% a 80% das estruturas de recepção são antenas coletivas em condomínios que estão preparadas apenas para o VHF. E a maior parte dos que já recebem o sinal digital terrestre o faz através de antena interna ou de sistemas coletivos inapropriados. “Quando houverem 20 mil torres 4G na faixa de 700 MHz em São Paulo gerando um nível de ruído que os receptores não são capazes de lidar, todos os receptores do mercado serão impactados”, diz. “Ainda não são feitos receptores na norma que contemple a convivência entre os serviços”, completa.

Para ele, o cronograma do desligamento analógico está acelerado, e isso terá impacto no negócio da TV aberta. “A fraca adesão ao DTV terrestre, somada ao desligamento prematuro do analógico e à interferência dos serviços na faixa dos 700 MHz são uma combinação perigosa. O impacto será direto na receita das emissoras”, diz.

A vez das caixinhas

Para Marcelo Martins, o receptor externo volta a ser uma promessa de salvação para a TV digital. Apontado como tendência de consumo no início das transmissões digitais, o equipamento acabou não conquistando mercado, até por conta dos incentivos fiscais que levaram à inclusão dos receptores digitais nos próprios monitores de TV. “O set-top box micou. O boom não aconteceu”, diz Martins. O recorde de produção do equipamento foi em 2012, com cerca de 130 mil caixas, menos de 1% do volume de televisores feitos no mesmo ano. Com uma base grande de telas de alta defiição no mercado com potenciais problemas de interferência, a solução volta a ser o receptor externo. “A escala vai ser através do set-top box. Não podemos mais boicotar o conversar em favor dos televisores com recepção. Será o mesmo que boicotar a TV digital”, diz.

Na última segunda-feira, o vice-presidente de negócios da Samsung, Benjamin Sicsu, afirmou que essa saída não é considerada satisfatória pela indústria. “Nosso setor sempre acreditou que a melhor solução para chegar aos 93% é com o equipamento final (televisores completos). Não acreditamos que seja através da digitalização de equipamentos analógicos”, disse.

Fonte: Tela Viva

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ago 28

SET 2014: SET premia empresas e profissionais que contribuíram para o desenvolvimento tecnológico da TV

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A Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) anunciou durante o SET Expo os vencedores do Prêmio SET 2014. Lançado em 2010, o prêmio recompensa empresas e profissionais que oferecem contribuições relevantes ou inovadoras para o desenvolvimento tecnológico da televisão brasileira.

Os finalistas do prêmio, dividido em seis categorias, foram selecionados pela Diretoria Técnica da SET, que considerou as três melhores indicações por categoria. Os vencedores foram escolhidos em votação aberta na Internet, por profissionais do setor.

Vejam quais foram os vencedores.

Soluções para Transmissão em ISDB-T – Hitachi Kokusai Linear Equipamentos Eletrônicos S/A, com o produto Shelter Outdoor para Retransmissão ISDB-T. Trata-se da integração de sistemas através de shelter outdoor para retransmissão de sinal ISDB-T com sistema modular para aplicação em locais de difícil acesso.
Projeto de interatividade para televisão – EBC, com o Projeto BRASIL 4D, que facilita o acesso a informações e serviços públicos para a população de baixa renda, por meio da televisão digital pública interativa.
Projeto de mobilidade para conteúdo audiovisual – ACERP, com a TV INES, plataforma de produção e distribuição de conteúdos audiovisuais específicos para deficientes auditivos. Distribuído para diversos dispositivos.
Produto inovador para produção e pós-produção de conteúdo audiovisual – Sony Electronics, com a Integração Completa em 4K. São câmeras para eventos esportivos, dramaturgia e cinema, mesas com suporte à produção SD/HD/4K e sistemas de transmissão ao vivo SD/HD/4K.
Solução para produção, distribuição e arquivamento de conteúdo audiovisual em nuvem – AD Digital, com o Media Fast Transfer. Trata-se de solução em SaaS projetada para transferir grandes arquivos a partir da web. Camada de inteligência que provê a aceleração na distribuição de arquivos.
Artigo publicado na Revista da SET – O switch off dos Técnicos e Engenheiros Analógicos, de Luiz Gurgel. O switch off da TV analógica está chegando e com ele virá o “desligamento” dos técnicos e engenheiros de TV que não se prepararam para o mundo digital.
Durante a cerimônia, foram feitas homenagens a Fernando Mariano, pela decisiva contribuição para a fundação da SET. Também foi homenageado Fernando Bittencourt, ex-diretor geral de Engenharia da TV Globo e ex-presidente da SET, por sua contribuição ao desenvolvimento da TV digital no Brasil e pela internacionalização do sistema ISDB-T.

Start-up

Também foi realizado no evento o concurso de inovação e startups, que teve como vencedor o Netshow.me, site de conteúdo ao vivo voltado para artistas e seus fãs. Além de um troféu e um certificado da SET, a startup recebeu US$ 60 mil em créditos da plataforma Azure, da Microsoft, e participação no programa BizSpark Plus da empresa, que envolve diversos produtos, mentoria e relacionamento para promover o negócio.

Fonte: Convergência Digital

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ago 28

TV Digital: Governo ‘esquece’ Fórum SBTVD e o afasta do debate do 700 Mhz

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Uma baita ‘saia justa’ aconteceu na SET Expo, evento realizado na capital paulista, e que reúne os radiodifusores. O Fórum SBTVD, criado em 2006 por Decreto Presidencial para fomentar a TV digital no país, não foi citada no edital da Anatel e, especialmente, não está garantida no Gired,  grupo de planejamento estratégico formado por representantes dos radiodifusores, teles e governo, que terá a missão de desenhar e planejar a transição da TV analógica para a TV digital.

“Não me sinto confortável para pedir um assento no Gired aos radiodifusores”, desafou o presidente do Fórum SBTVD, Roberto Franco. “Se o Gired vai definir especificações e planejamento para a massificação da TV Digital, tínhamos que estar com assento nele. Afinal fomos nós que definimos a estratégia da adoção do ISDB-T e fizemos um trabalho ao longo desses oito anos”, criticou. Franco informou que está tentando mobilizar o governo e a Anatel, mas que, até agora, não teve resposta ao pleito.

Nos corredores da SET Expo, há, porém, críticas ao Fórum SBTVD, que nos últimos tempos, perdeu espaço e prestígio. “Durante as negociações do edital 700 Mhz, dos estudos de interferência LTE e TV Digital, o Fórum SBTVD pouco se manifestou. Por quê”, indaga uma fonte do governo. Na prática, o Gired pode vir a ser um grupo de trabalho relevante a partir de 2015.

Isso porque, entre outras missões, o grupo vai definir a especificação técnica dos 14 milhões de set-top boxes para os beneficiários do Bolsa Família e dos filtros que será distribuída a toda a base dos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) a fim de garantir a recepção da TV digital livre de interferências.

O que surpreende e causa a ‘saia justa’ política é que o Fórum SBTVD foi criado por decreto governamental em 2006 com a missão de auxiliar e estimular a criação e melhoria do sistema de transmissão e recepção de sons e imagens digitais no Brasil, propiciando padrão e qualidade compatíveis com as exigências dos usuários. Segundo as definições oficiais, cabe ao Fórum:

As atribuições desse Fórum são:

I – Identificar e harmonizar os requisitos do sistema;

II – Definir e gerenciar as especificações técnicas;

III – Promover e coordenar a cooperação técnica entre: emissoras do serviço de radiodifusão de sons e imagens, fabricantes dos equipamentos de transmissão de sinais de televisão terrestre, fabricantes dos equipamentos de recepção de sinais da televisão terrestre, indústrias de software e entidades de ensino e pesquisa; IV – Propor soluções para questões relacionadas à propriedade intelectual envolvidas no sistema brasileiro de televisão digital terrestre;

V – Propor e promover soluções para questões relacionadas à capacitação de recursos humanos;

VI – Promover e apoiar a divulgação do sistema brasileiro no país e no exterior.

Fonte: Convergência Digital

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ago 28

Interatividade: Brasil 4D, com Ginga, é premiado por inovação em interatividade

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O projeto Brasil 4D, que usa a TV Digital para levar serviços à população, ganhou mais uma vez o prêmio da Sociedade de Engenharia de Televisão (SET) de ‘inovação em interatividade’. A iniciativa, da Empresa Brasil de Comunicação, EBC, já levou este ano o prêmio Frida, do Lacnic e da Internet Society, em reconhecimento pela ‘criação e desenvolvimento de capacidades e conteúdos’.

O Brasil 4D se baseia em um conversor de sinais digitais que traz o middleware de interatividade Ginga e a partir dele permite a oferta de serviços públicos, até aqui, em saúde, Previdência, ofertas de emprego, etc. Foi primeiro testado com 100 famílias da Paraíba e depois 300 no Distrito Federal.

Esse conversor do projeto Brasil 4D é a base para os equipamentos que serão distribuídos a 1 milhão de lares no programa Minha Casa Minha Vida e, potencialmente, 13 milhões inscritos no Bolsa Família por conta da licitação da faixa de 700 MHz.

Fonte: Convergência Digital

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