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Duas entidades internacionais ficarão responsáveis pela harmonização, normatização, evolução e regulamentação do padrão ISDB-T. Uma será o Fórum Internacional do ISDB-T, formado por agentes da iniciativa privada de cada um dos países onde a norma de TV digital foi adotada. A entidade, responsável pelas normas técnicas, será presidida primeiramente pelo representante brasileiro, o presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, Frederico Nogueira.

A segunda entidade é o Congresso Permanente da TV Digital Aberta, formado por representantes dos governos dos países onde o padrão ISDB-T foi adotado. A entidade, onde devem haver discussões e resoluções relacionadas a governo eletrônico, entre outras questões, será presidida primeiramente pela Argentina.

Os comandos das duas entidades devem ser trocados anualmente, sendo que os próximos presidentes serão escolhidos em março de 2011, no Chile. A decisão pela formação de duas entidades foi tomada em encontro durante o Congresso da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão), que acontece esta semana, em São Paulo.

Norma única
O encontros das entidades internacionais de TV digital já começam com duas disputas envolvendo Brasil e Argentina. Uma se refere à interatividade. O governo argentino vem apontando que deve adotar o middleware Ginga NCL-Lua, sem a camada Java adotada no Brasil. Os argentinos estariam relutantes em pagar royalties a uma empresa norte-americana. Vale lembrar que pelas negociações feitas entre Brasil e a Sun, antiga detentora do Java, será cobrado apenas o valor referente ao Java Engine, incapaz de influenciar nos preços dos equipamentos receptores de TV.

O governo brasileiro teme que com isso se feche o potencial mercado internacional de software criado com a massificação do middleware desenvolvido no Brasil em parceria com a Sun.

Outra questão é em relação ao modelo de adoção do padrão digital por parte da população. A Argentina optou por distribuir caixas receptoras a uma parcela significativa da população desde o início da implementação do padrão. Já os fabricantes brasileiros estão se esforçando para criar um mercado de receptores e televisores com recepção embutida e vê na inciativa argentina uma ameaça a este mercado e à pluralidade de modelos de equipamentos, com diferentes características. O governo, por outro lado, trabalha para desenvolver um set-top popular e que permita aplicações interativas.

Fonte: Tela Viva

2 Responses to “Duas entidades internacionais serão responsáveis pela manutenção do ISDB-T”

  1. The position of the argentinian government surprises me. I wouldn´t be surprised if it´s based on misinformation or gossip from interested parties that are interested in preventing Java from reaching everyone´s tv sets.

    After Sun´s release of Java as open source, with a GPL license,over two years ago, anyone is free to take OPENJDK and install it ANYWHERE THEY PLEASE. They just can´t call it “Java” or use the java logo, because that´s a Sun/Oracle trademark. But the device would end up running Java apps.

    Java “ME” was also open sourced, (GPL license) under the name “Phoneme” Do a google search for “Phoneme Java.net”.

    Of course, if a company wants to put the Java logo or mention “Java” they must pay a small fee to Oracle, that gets them the “official” binaries delivered from Oracle/Sun, and some official support (ie the right to yell at someone if something doesn´t work). Whereas is you use PhoneMe (Open source version of Java Mobile Edition, Java ME or J2ME), or OpenJDK (GPL open source version of Java SE) then you get no support, you are on your own.

    LWUIT is also FREE SOFTWARE, with a GPL license (google LWUIT GPL).

    So, I see no reason why Ginga-J _MUST_ pay royalties.

    Granted, some companies might want to include an “official” java VM with support into their STB boxes with Ginga-J embedded. Others, could do just fine by including the GPL version of the Java code.

    Am I missing something?
    FC

  2. Watson Odilon disse:

    Oi Fernando, acredito que os argentinos devem estar fazendo algum tipo de pressão, mas no final vão acabar adotando java também mesmo tendo que pagar royalties!!!!

    Aqui no Brasil existe uma cumunidade imensa de desenvolvedores e creio eu que quando for liberado o Ginga-J para o desenvolvimento será rapidamente difundido na cumunidade!!!

    A única coisa que eu ainda não entendi é porque o Brasil não fez igual a Argentina, liberou o Ginga-NCL e LUA e ainda doou vários STBs para população!!??

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